“Vamos, com certeza, trabalhar em equipa para alavancar a forte posição
da Oi no mercado brasileiro e a experiência da PT na transformação do
modelo de negócio no sector, através de uma aposta clara no crescimento e
na inovação. Podemos ambicionar fazer deste projecto luso-brasileiro
uma referência no sector a nível mundial”, disse à Lusa o presidente
executivo da PT.
Zeinal Bava falou da “nova etapa na vida da PT” a
partir de hoje e sublinhou que o investimento estratégico no Brasil e a
parceria operacional com a Oi “assegura escala e exposição” a um
mercado em crescimento e onde existem amplas oportunidades para o
desenvolvimento do setor e criação de valor acionista.
Desta
forma, e apesar da saída da PT da Vivo, a estratégia da operadora
portuguesa mantém “intactos” os cinco objetivos estratégicos: dimensão,
internacionalização, liderança, execução operacional e financeira no
quartil superior do setor e sustentabilidade.
“Estamos no Brasil
para ficar por mais 500 anos. Mudámos de caminho mas não mudámos de
direção. Estamos empenhados nesta parceria e seremos o accionista de
base tecnológica que, acreditamos, pode vir a fortalecer uma empresa já
líder, criando uma plataforma única para crescimento internacional com
benefícios para a sociedade, accionistas, colaboradores e clientes”,
disse.
O presidente executivo da PT classificou o negócio com a Oi
como um processo “complexo”, mas acrescentou que, desde o anúncio da
parceria em Julho do ano passado, “as partes trabalharam duma forma
construtiva”, permitindo criar as condições necessárias para uma
“parceria de longo prazo” e definir as bases de um “projeto empresarial
robusto”.
Zeinal Bava mostrou-se “satisfeito” com a consolidação
proporcional de mais de 25 por cento da Oi e afirmou querer trabalhar em
parceria com os sócios e a equipa de gestão da Oi. “No entanto, importa
referir que no âmbito deste processo negocial foram assegurados
direitos de preferência caso algum dos restantes sócios procure uma
saída”, adiantou.
O empresário afirmou que a participação da PT
na gestão da Oi será “relevante e visível” ao nível do Conselho de
Administração, assim como ao nível mais operacional.
“Poderemos
nomear dois membros do Conselho de Administração da Telemar
Participações, sendo um deles suplente, e dois membros efectivos do
Conselho de Administração da TNL. A PT participará também no processo de
escolha dos presidentes executivos de todas as empresas relevantes do
Grupo Oi”, explicou.
A PT irá liderar ainda o Comité de Engenharia
& Redes, Tecnologia & Inovação e Oferta de Produto e
participará também em vários comités de gestão, onde são discutidas e
definidas as estratégias e as operações da empresa.
JMG
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Este texto foi escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico ***
Lusa/fim