Protocolos assinados com Lusa e RTP vão tornar imprensa angolana “mais forte”

Lisboa, 07 dez (Lusa) – Os responsáveis de órgãos de comunicação
social públicos de Portugal e Angola assinaram hoje em Lisboa quatro
protocolos de cooperação, que, segundo a ministra angolana do sector,
vão “ajudar os jornalistas angolanos” a fazer uma informação “mais
forte”.


Carolina Cerqueira destacou, no final da cerimónia,
realizada no Palácio Foz e a que também assistiu o ministro dos Assuntos
Parlamentares de Portugal, Jorge Lacão, que a assinatura dos protocolos
corresponde ao desafio que o Presidente de Angola, José Eduardo dos
Santos, lhe transmitiu com a sua nomeação para a pasta, no passado dia
05 de fevereiro.

Além dos acordos assinados pela RTP, Televisão
Pública de Angola e Rádio Nacional de Angola, e da Lusa com a agência
Angop, foi também assinado um protocolo entre o Centro Protocolar de
Formação Profissional de Jornalistas (Cenjor) com o Centro de Formação
de Jornalistas de Angola.

Referindo-se ainda ao “repto” de José
Eduardo Santos, Carolina Cerqueira acrescentou serem necessários “os
esforços de todos para que as aspirações dos angolanos, os seus ensejos
se reflitam” na televisão, na rádio, na imprensa escrita e, sobretudo e
particularmente, através dos media para refletirem a pluralidade, a
isenção e a responsabilidade que nós pedimos no dia a dia aos nossos
jornalistas”.

Os protocolos assinados pela RTP com a Televisão
Pública de Angola e a Rádio Nacional de Angola e entre as agências
noticiosas Lusa e Angop são válidos por três anos, enquanto o que juntou
o Cenjor e o Centro de Formação de Jornalistas de Angola, é válido por
cinco anos, todos eles renováveis por idênticos períodos,
respetivamente.

No final da cerimónia, Jorge Lacão considerou que o
“estreitar dos laços entre as instituições do serviço público de
Comunicação Social é da maior importância”, porque se trabalha na área
comum da língua portuguesa, que “tem hoje um significado extraordinário à
escala mundial”, acentuou.

O ministro Jorge Lacão destacou, por
outro lado, que a criação de um canal de televisão em língua portuguesa,
no quadro dos oito países de língua oficial portuguesa está a ser
considerado.

A questão já mereceu uma “primeira abordagem” entre
Portugal e Brasil e agora trabalha-se no sentido “de ver até onde é que é
possível criar uma parceria multilateral para que um canal de língua
portuguesa possa ser partilhado por todos os nossos países”, afirmou
Jorge Lacão.

Antes da cerimónia, Carolina Cerqueira visitou a Lusa
onde o presidente do Conselho de Administração, Afonso Camões,
apresentou os conteúdos produzidos para as várias plataformas
disponíveis, desde o tradicional serviço de agência noticiosa até ao
multimédia, com produção vídeo e áudio.

Carolina Cerqueira disse
que o “estreitamento das relações” entre a Lusa e a Angop e a restante
imprensa angolana permitirá aos jornalistas angolanos “usufruir dos
imensos serviços que a Lusa tem no mercado, de forma a diversificar” a
informação e “poderem participar na formação dos jornalistas angolanos,
com novas tecnologias” para que a imprensa de Angola seja mais forte e
tecnicamente melhor preparada.

“Pensamos que todas as técnicas que
vocês dominam poderão ajudar-nos a preparar quadros para poderem
responder às exigências cada vez maiores que Angola apresenta neste
momento”, concluiu.

EL.

*** Este texto foi escrito ao abrigo
do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Fim

Quinta-feira, 09 Dezembro 2010 07:23


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