Em nota interna a que a agência Lusa teve acesso, é referido que a RTPN passará a estar sob a alçada direta da direção de informação televisão da RTP, liderada por Nuno Santos, que entra em funções na sexta-feira, perdendo assim a sua direção, que era constituída por José Alberto Lemos e os adjuntos Carlos Daniel e Dinis Sottomayor.
“A RTP N será integrada, de forma autónoma, na direção de informação televisão”, refere a nota interna da empresa.
Na semana passada ficou a saber-se que o jornalista Vítor Gonçalves, até agora correspondente em Washington, EUA, foi o escolhido por Nuno Santos para diretor-adjunto de informação da RTP. O nome de Vítor Gonçalves não consta, contudo, no organograma da empresa, que abarca em exclusivo os responsáveis primeiros de cada área.
No que ao conselho de administração diz respeito, os pelouros sofrem também algumas mudanças: o presidente Guilherme Costa fica com o projeto Academia RTP, Luís Marinho assegura o pelouro das rádios e José Marquitos fica com a pasta da televisão, numa reorganização diferente da vigente até agora.
O presidente da empresa havia já explicado aos jornalistas que este novo modelo separa os administradores por rádio e televisão, e não por informação e programas, como sucedia até agora.
O administrador da RTP que vinha assegurando o pelouro da informação, Luís Marinho, deixa assim a pasta após o voto contra a entrada de Nuno Santos como diretor de informação da RTP, ficando agora responsável por todos os temas relacionados com as rádios do grupo.
José Marquitos, por sua vez, fica com o pelouro da informação e programas referentes aos canais de televisão da RTP.
O despacho interno nomeia ainda José Fragoso como diretor coordenador e diretor da RTP1, Jorge Wemans como diretor da RTP2 e Hugo Andrade como diretor dos canais temáticos/RTP Memória.
O conselho de administração deliberou ainda a extinção do centro de novos negócios e projetos, do gabinete de apoio às operações regionais, do gabinete de coordenação das operações internacionais, da direção de conteúdos de ficção e entretenimento e da direção de conteúdos educacionais e culturais, assim como a exoneração dos cargos dos respetivos responsáveis.
No organograma incluído no despacho estão ainda por nomear os responsáveis pelo centro de produção do Porto e pelos canais internacionais, pasta que será assegurada por Jaime Fernandes, que foi na quarta-feira convidado para assumir a direção dos canais RTP África e RTP Internacional.
O nome do profissional, que coordena também o futuro canal de música da RTP, terá ainda de ser avaliado pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que dará um parecer vinculativo para a nomeação do profissional.
PPF/(JF).
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