Se loja Ikea não viesse para Loulé, grupo sueco não investia no Algarve – Autarca

Loulé, Faro, 02 Dez (Lusa) – O presidente da Câmara de Loulé dmitiu
hoje que se não tivesse “enveredado” pelo projeto do Ikea em detrimento
do Auchan, o grupo sueco não investiria no Algarve, perdendo-se a
oportunidade de criar milhares de postos de trabalho em tempo de crise.


“Se
não enveredássemos pela opção do Ikea ficávamos sem projeto no concelho
de Loulé e eventualmente a loja não ficaria no Algarve”, declarou aos
jornalistas o autarca Seruca Emídio, à margem da celebração de um
contrato de cooperação assinado hoje entre a cadeia sueca Ikea e Câmara
de Loulé.

Para Seruca Emídio, o investimento sueco vai “potenciar
uma nova centralidade e valorização do eixo central do Algarve”, assim
como vai “gerar emprego”, “reforçar a relação entre “Algarve e
Andaluzia” e “aumentar o volume de investimento” regional e nacional.

A
cadeia Ikea quer abrir no concelho de Loulé, e até 2015, uma loja e um
centro comercial Inter Ikea no eixo Faro/Loulé, perto do Parque das
Cidades e do Estádio Algarve.

No eixo Loulé/Quarteira estava
equacionado, todavia, um projecto da Auchan, denominado “Alegro
Algarve”, representando um investimento de 400 milhões de investimento e
quatro mil postos de trabalho direto numa área total de 40 hectares.

Ao
contrário do projeto do Ikea, a intenção do grupo Auchan ainda não
entrou com um pedido de licenciamento de localização junto das
autoridades, confirmou hoje, em conferência de imprensa, o secretário de
Estado do Comércio, Fernando Serrasqueiro.

O investimento que o
grupo Ikea vai fazer em Loulé ronda os 200 milhões de euros e vai criar
cerca de três mil postos de trabalho direto e indireto, declarou
Kristina Johansson, a responsável pelo Ikea em Portugal, em conferência
de imprensa hoje nos paços do concelho de Loulé.

“A assinatura
deste contrato marca um passo muito importante para a efectivação do
plano de expansão da Ikea em Portugal”, observou Kristina Johansson.

O
grupo Ikea tem 280 lojas em 26 países do mundo e registou 626 milhões
de euros de visitas em 2009, dando emprego a 127 mil trabalhadores em 39
cidades, informou aquele grupo.

O mercado português é estratégico
para o grupo Ikea, que pretende até 2015 fazer um investimento total de
1.100 milhões de euros e criar quatro mil postos de trabalho diretos.

Apesar
da crise económica e financeira, o investimento do Ikea em Portugal
contempla sete lojas e um retail park, três centros comerciais, dois
retail park Inter IKEA Centre Portugal e três fábricas Swedwood.

“O
nosso compromisso com os portugueses é a longo prazo, como acontece em
todos os países em que estamos presentes, e queremos continuar a criar
oportunidades de crescimento e desenvolvimento económico e social nos
locais onde abrimos as nossas lojas”, acrescentou Kristina Johansson.

CCM.

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Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/FIM

Quinta-feira, 02 Dezembro 2010 17:50


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