“A epidemia que sofre a profissão
não tem precedentes em nenhum sentido”, disse hoje o presidente da AIM,
Fernando González Urbaneja, que comparou a crise no setor dos meios de
comunicação com a da “bolha” imobiliária.
Oficialmente, 5.564
jornalistas estão atualmente registados como desempregados com mais de
7.000 ativamente à procura de emprego.
Em termos globais há em
Espanha 72.292 jornalistas com título profissional, mas apenas há
trabalho para menos de 30 mil.
Pedro Farias, professor da
Universidade de Málaga e autor do estudo hoje divulgado, recordou que a
situação se continua a agravar anualmente, já que em média se formam
todos os anos mais 3.000 jornalistas.
O estudo analisa ainda as
opiniões dos jornalistas sobre as suas profissões, com a preocupação
sobre a “intrusão institucional” a ser o tema que mais preocupa o setor,
acima do desemprego, da queda dos salários e da instabilidade laboral.
A
análise hoje divulgada indica que o salário médio dos jornalistas ronda
os 30 mil euros brutos anuais, com cerca de 13,7 por cento em contratos
temporários.
O estudo confirma uma melhoria da percepção dos
cidadãos sobre os jornalistas, com 40,9 por cento de 1.200 lares
sondados a ter uma opinião “boa” ou “muito boa” sobre a profissão.
Urbaneja
destacou, porém, o que diz ser a relação dos políticos com a imprensa,
afirmando que “o desprezo que manifestam pela profissão” de jornalista
“não tem precedentes”.
Criticando a postura dos políticos,
Urbaneja referiu-se em particular às “declarações irrelevantes” dos
políticos e ao “abuso que fazem dos jornalistas” quando trabalham.
ASP.
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Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Fim