Tudo começou com um encontro casual nas escadas entre a então diretora do Público, Bárbara Reis, e o CEO da Fuel, Miguel Barros. A jornalista tinha acabado de regressar de uma reunião com o diretor do Museu Nacional de Arte Antiga, António Pimentel, que lhe tinha falado do interesse em adquirir o quadro “A adoração dos magos”, de Domingos Sequeira. Nesse encontro no edifício da Doca de Alcântara, que nessa altura albergava o jornal e a agência, Bárbara lançou o desafio e Miguel aceitou.
Estavam dados os primeiros passos para uma campanha pro-bono, assente na ideia de vender pixels a 60 cêntimos para conseguir os 600 mil euros necessários para o museu adquirir o quadro a um particular. E que viria a ganhar força com a frase inventada por João Ribeiro, o diretor de desenvolvimento de negócio da agência. Nas palavras do diretor do MNAA, foi uma campanha de energia positiva, feita de paixão, criatividade e tenacidade e que teve o mérito de levar os portugueses a apaixonarem-se pela arte, pela História e por si próprios.
No palco da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, Miguel Barros destacou o “elevadíssimo retorno emocional” do projeto, uma oportunidade para evidenciar que a profissão tem um lado muito nobre, embora às vezes “algo desconsiderado”. E falou também do título de Agência Criativa do Ano, que a agência arrebata em quatro dos seis anos de existência do prémio. “Não é coincidência, não é sorte, não foi um acaso. A eficácia é a palavra que está no centro da Fuel”.
Por sua vez, o diretor-geral da Initiative, Francisco Teixeira, agradeceu à concorrência – “Porque faz de nós mais fortes” – e destacou o ecossistema da agência como potenciador do prémio de Agência de Meios do Ano: “A Initiative não é só uma agência, é uma família. Uma família de agências. E uma família de pessoas que sentem e vivem todos os dias as marcas.”
Os três prémios maiores da eficácia foram entregues pela secretária-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN), Manuela Botelho, que destacou a preocupação de envolver todos os stakeholders no processo de forma transparente, pois só a transparência permite conhecer a verdadeira eficácia dos investimentos dos anunciantes.