Não foi anunciado o valor do patrocínio, tendo apenas Roberta Medina avançado com o número de 25 milhões de euros como o investimento em patrocínios de cada edição do festival.
A Vodafone sucede, assim, ao Millennium bcp como patrocinador principal do evento, depois de o banco ter anunciado a intenção de mudar a estratégia de marca reduzindo o investimento em patrocínios. O banco – disse a vice-presidente executiva do Rock in Rio – tinha prioridade mas decidiu não usar esse direito.
Abriu, assim, espaço a que “a paquera antiga” entre a Vodafone e o Rock in Rio – como lhe chamou Roberta Medina – evoluísse diretamente para “casamento”. É que a operadora é presença no festival de Lisboa desde o início, isto é, há dez anos.
Assumir o patrocínio principal é – nas palavras do ceo da Vodafone – um upgrade dessa relação de dez anos. Um upgrade a que não é alheio o facto de, em 2010, o Rock in Rio ter sido o evento com maior reconhecimento, não obstante ter decorrido em simultâneo o mundial de futebol.
A Vodafone quer – disse Mário Vaz, recorrendo ao claim do RED – continuar a levar coisas boas ao Rock in Rio, na linha de iniciativas como a corrida de sofás, as guitarras countdown espalhadas por Lisboa, o hotel Vodafone ou o barbeiro Yorn. Ideias inovadores que – sublinhou – têm sido exportadas para outros palcos do festival.
Com a presença na edição de 2014, a Vodafone propõe-se contribuir para “levantar a moral das pessoas”, com Mário Vaz a transmitir a visão – que o próprio reconheceu como otimista – de que a crise já terá passado.
Com a questão do patrocinador principal resolvida, o Rock in Rio quer manter quatro patrocinadores oficiais, estando as negociações ainda em curso. O objetivo é – disse Roberta Medina – manter o mesmo nível de investimento da edição anterior.
Para já manter-se-á o preço – 61 euros, com o festival a realizar-se a 23 e 25 de maio, a 30 e 31 do mesmo mês e a 1 de junho. Assina-se, em 2014, o décimo aniversário do Rock in Rio Lisboa.
Lisboa marcou, aliás, a internacionalização do evento, que se realiza atualmente em três países – além do Brasil e Portugal, Espanha. Mas tem a ambição de ir mais longe, pelo que há já a perspetiva de uma edição em Las Vegas (Estados Unidos) em 2015 e estão a decorrer contactos com vista à realização em Berlim e em Lima.
Lisboa marcou, também, o amadurecimento do projeto: “Não se trata só de um evento de música. A música é a linguagem, mas a proposta é que as pessoas vivam experiências únicas e que a passagem pela cidade do rock marque as suas vidas”, afirmou Roberta Medina, sublinhando que a edição portuguesa tem funcionado como uma exportadora de know how – hoje há equipas e fornecedores portugueses no Rock in Rio. “Quando em 2011 voltámos ao Rio, dez anos depois da última edição, era um novo Rock in Rio”, resumiu.
Em jeito de balanço de uma década de Rock in Rio Lisboa, a vice-presidente executiva do projeto deixou alguns números: 100 milhões de euros de investimento que se multiplicaram por três em impacto na economia da cidade, 45 mil empregos diretos e indiretos gerados, mais de 1,7 milhões de visitantes. Passar a barreira dos dois milhões é ambição para 2014.
Fonte: Briefing
