Segundo noticia a agência Lusa, a Associação de Turismo de Lisboa (ATL)
assinou ontem um acordo com a Red Bull Air Race para a realização de
uma prova sobre o Tejo.
Em comunicado divulgado esta manhã, a ATL confirmou o acordo, que além
da realização da prova em Lisboa, prevê “o compromisso de pagamento de
uma contrapartida à organização no montante de 3,5 milhões de euros”.
Além disso, a entidade afirma ainda que “pretende candidatar este
evento a um programa de apoio do Turismo de Portugal, na expectativa de
vir a receber um montante idêntico ao atribuído na última edição
realizada no Porto e em Gaia”.
O evento “conta com o envolvimento e apoio da Câmara Municipal de
Lisboa e da Câmara Municipal de Oeiras, estando a ser ultimados os
contornos das participações de cada entidade, com vista à assinatura de
um Protocolo conjunto”, completa a associação.
Os municípios de Lisboa e Oeiras têm até 31 de Janeiro para concluir a
elaboração de um protocolo que vai estabelecer as obrigações e direitos
das três partes envolvidas.
Porto contesta mudança da prova para a capital
A Red Bull Air Race já conta com três edições em Portugal. Todas
realizadas no Porto/Vila Nova de Gaia, sobre o rio Douro, entre o
viaduto de Massarelos e a Ponte Luís I. Em Setembro deste ano,
assistiram à prova cerca de 720 mil espectadores.
A deslocalização da Red Bull Air Race para Lisboa foi já contestada e lamentada por entidades e personalidades do norte do País.
Em declarações à Lusa, o deputado Ribeiro e Castro lamentou a
transferência para Lisboa da prova, considerando que “lesa os
interesses e as expectativas” do Norte e em particular do Porto/Gaia,
onde se realizava.
Já o presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de
Portugal, Melchior Moreira, considera que o secretismo com que a Red
Bull Air Race decidiu a deslocalização para Lisboa “é uma falta de
respeito atroz para a região Norte e com as instituições que, ao longo
de três anos, assumiram a projecção do evento”.
Também o presidente da Associação dos Comerciantes do Porto, Nuno
Camilo, lamenta esta decisão e considera que o ministro da Economia e o
Turismo de Portugal deveriam ter intervindo para “o Norte não perder um
evento que era uma grande oportunidade de gerar mais receitas”.
Fonte: Lusa