Durante o intervalo do jogo Benfica – Gil Vicente, foi mostrado um vídeo, nos ecrãs do estádio, com o jogador António Silva a fazer uma massagem cardiorrespiratória e a desafiar os quase 59 mil adeptos do clube, que estavam no Estádio da Luz, a entoarem o “Cântico do Coração” ao ritmo das batidas cardíacas. Toda a ação foi apoiada e certificada pelos profissionais de saúde do Hospital da Luz.
O cântico é uma nova versão do icónico “Eu Amo o Benfica”, que foi adaptado pelo DJ Kamala e acelerado para 120 bpms – a frequência máxima ideal para reanimação cardíaca. Quando esta nova versão do cântico começou a tocar no estádio, entraram no relvado os Tocá Rufar.
“A cada 90 segundos acontece uma paragem cardiorrespiratória. Pode ser ao pé de si”, afirma o enfermeiro do Hospital da Luz e formador do INEM e em SBV-DAE, Paulo Fonseca.
O profissional explica: “O SBV é essencial para manter as funções vitais de uma pessoa em paragem cardiorrespiratória, através de manobras simples, como compressões torácicas e ventilação boca a boca ou apenas compressões torácicas de forma ininterrupta até que chegue ajuda diferenciada. A intervenção precoce pode aumentar significativamente as hipóteses de sobrevivência e prevenir danos neurológicos, uma vez que no SBV o que ganhamos é tempo”.
Carolina Neves

