A 23 de abril, os amantes da leitura vivem o seu “Natal”: o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor! É certo que todos os dias podem ser Dia do Livro, mas esta data reforça o papel vital que o livro tem numa sociedade que se quer justa, livre e com igualdade de oportunidades. Nesta época em que a desinformação e as fake news proliferam, os livros apresentam-se cada vez mais como um garante da democratização do acesso à educação e à informação.
Imagino que estejam a pensar: “Mas não estaremos a dar demasiada importância aos livros?”. Como em tudo, têm o direito de colocar estes temas em causa. Esse é, aliás, um dos benefícios que a leitura aporta: um bom leitor aprende a ter pensamento crítico e valoriza essa forma de estar. Os livros desafiam-nos a refletir, a questionar e a ver o mundo através de diferentes perspetivas porque desenvolvem as nossas capacidades críticas e analíticas.
Este não é o único benefício associado à leitura. Desde logo, estimula o cérebro, mantém a mente ativa e pode atrasar o envelhecimento cognitivo. Ao lermos, alargamos o léxico e compreendemos melhor as estruturas da língua, refletindo-se na forma como comunicamos, seja oralmente ou por escrito. É por isso que crianças com bons hábitos de leitura têm um maior leque vocabular.
A leitura tem ainda um efeito calmante, ajudando a relaxar e a escapar temporariamente das preocupações do dia a dia. Alguns estudos indicam que bastam seis minutos de leitura diária para reduzir significativamente os níveis de stress (ou, no meu caso, para ter uma noite de sono relaxante).
Outro dos benefícios que costuma ser apontado é a empatia que os leitores desenvolvem, já que, através dos livros, “viveram” a experiência de outras pessoas e compreendem melhor emoções e realidades diferentes das suas. Têm também uma melhor capacidade de concentração, dado que treinaram a atenção e o foco ao acompanhar as narrativas das histórias. Isto é particularmente crucial para uma geração de jovens que já nasceram na “era da distração digital”, imersos nas redes sociais e com o scroll infinito.
Uma sociedade de leitores é, então, mais crítica, atenta, exigente, empática e focada. Não é por acaso que muitos regimes ditatoriais começaram por controlar o acesso aos livros – sabiam do poder transformador que têm.
Este é um dia especial para a WOOK e para todas as livrarias. Trabalhar com livros entra na categoria do “quem corre por gosto, não cansa”. Quem trabalha neste setor é, já de si, um leitor inveterado, é alguém que acredita que a leitura ajuda a criar um mundo melhor, alguém que aproveita todos os minutos para terminar um capítulo, alguém que diz “só mais esta página” e faz uma direta porque não conseguiu parar de ler.
A equipa da WOOK é assim: move-se por paixão e orgulha-se de contribuir diariamente para que este Dia seja celebrado por cada vez mais leitores. Este é o nosso dia e o de todos aqueles que acreditam que um livro pode fazer a diferença. Quem mais se junta?
Hermana Noronha, responsável de Marketing da WOOK
