Numa altura em que as pessoas dedicam, em média, cerca de três horas do seu tempo diário às redes sociais, consumindo conteúdos gerados por influenciadores, pares, familiares e amigos, é evidente que a aposta neste território continuará a ser tendência em 2023. Ano que se segue ao movimento da Great Resignation, que tem percorrido o mundo com uma onda de demissões, protagonizadas por talento, descontente com a situação profissional e desalinhado com a cultura das suas organizações.
Ora, num contexto em que o consumo de informação se centra muito nas redes sociais, que as pessoas confiam mais nos conteúdos gerados por outros utilizadores do que o das marcas e o talento é cada vez mais exigente com os seus empregadores, imagino que uma das tendências de 2023 será o social employee advocacy. Porquê?
Porque os colaboradores são os grandes embaixadores das marcas. Através deles, as companhias podem promover o word-of-mouth, satisfazer o apetite por conteúdos curados, transmitir conhecimento, novas perspetivas, explorar o social selling, mas, acima de tudo, demonstrar que as organizações são boas empregadoras. Tudo isto só é possível se for feito de forma voluntária e espontânea, e pode ser feito através das redes sociais, com porta-vozes informais, que amplificam a capacidade de as organizações comunicarem, através da multiplicação de canais, mas também através do poder da autenticidade e da empatia, que só alguém como nós pode gerar.
Além de contribuir para os esforços de comunicação das organizações e favorecer o posicionamento individual dos colaboradores, esta prática coloca também um grande desafio às organizações, que têm de assegurar que a sua ação é altamente coerente com a imagem que querem projetar. Só assim conseguirão alcançar o objetivo desejado, criando um efeito dominó, positivo na sociedade.