A estratégia da Transdev anda de autocarro. E a Joana mostra como

A Transdev quer afirmar-se como uma empresa de mobilidade de referência nas regiões onde atua, nomeadamente a Área Metropolitana do Porto. É nesta ambição que se enquadra a recente campanha de incentivo ao uso do autocarro, que assenta em pilares como o preço e a sustentabilidade. A diretora de Marketing, Joana Pereira Abreu, explica a estratégia.

 

Briefing | O que levou a Transdev a lançar, nesta altura, uma campanha de comunicação?

Joana Pereira de Abreu | Um dos objetivos foi dar a conhecer os nossos novos preços, na sequência da implementação da Política de Apoio à Redução Tarifária. Contudo, de acordo com um estudo que realizámos, concluímos que o preço não é o principal fator de decisão para novos clientes. Ainda mais valorizada do que o preço, é a quantidade da oferta disponível. Como estes são dois eixos que distinguem positivamente a nossa oferta, entendemos que devíamos apostar na comunicação tanto para os atuais clientes, como para clientes potenciais.

Quais os objetivos?

Além da informação ao público, temos como objetivo estratégico a captação de novos clientes – levar pessoas a trocar o carro pelo autocarro, ou seja, fazer com que aqueles que normalmente são utilizadores de transporte individual se convertam à utilização dos nossos serviços de transporte público. Com preços baixos e uma vasta oferta estamos a dizer ao mercado que reunimos as condições para facilitar a decisão de deixar o carro em casa. Além de que a opção pelo transporte partilhado é também a defesa da sustentabilidade ambiental, valor que partilhamos e promovemos ativamente.

Esta é uma campanha presente nos veículos da empresa e em materiais impressos. Considera que são os meios adequados para passar a mensagem?

Também estamos a apostar no online. O digital tem um peso muito importante na nossa estratégia de captação de novos clientes, pelo que avançámos com a campanha nas nossas redes sociais (Facebook e Instagram) além do nosso site e webletter.
Mas a campanha tem, efetivamente, uma forte vertente offline. E aqui apostámos nos nossos autocarros (outdoors em movimento), cartazes e flyers distribuídos por promotores nos principais serviços públicos e de comércio dos 25 municípios onde implementámos a campanha. E também avançámos com publicidade na imprensa regional.

Estão previstos incentivos para que as pessoas adiram?

O maior incentivo reside na base da poupança de que o utilizador vai beneficiar: com a Política de Apoio à Redução Tarifária, quem já é cliente vê reduzido o valor do passe, em alguns casos até 50%. Quem, normalmente, não é utilizador de transporte público, mas decida agora adotar este meio de deslocação reduz também o valor de investimento em deslocações, por comparação à utilização do transporte individual. Nestes casos, a redução será certamente superior aos 50%.
Dando como exemplo a Área Metropolitana no Porto (AMP), por apenas 40€/mês, o cliente pode viajar nas linhas Transdev e em toda a rede de transportes públicos da AMP, com o título intermodal Andante – em muitos casos, isto pode significar uma redução em mais de 50%.

Que retorno concreto espera a Transdev obter?

Afirmar a Transdev como a empresa de mobilidade de referência nas regiões onde estamos presentes.

Como é que esta campanha específica se enquadra na estratégia de marketing da empresa?

Desde logo porque estamos a reforçar eixos de ação que são muito relevantes para nós: preço, variedade na oferta, sustentabilidade. E depois porque esta campanha ajuda a reforçar a notoriedade da companhia e o respetivo posicionamento e reputação. E, em última instância, estamos a mostrar aos nossos clientes que ouvimos o que nos dizem através dos estudos de opinião que realizamos que agimos em conformidade com as suas expetativas.

Qual o investimento em marketing?

A nossa política não nos permite revelar valores, mas é um valor que cremos adequado para os objetivos em causa, tendo em conta a área geográfica onde estamos inseridos.

Que peso tem o digital nessa estratégia e no respetivo orçamento?

O investimento em divulgação digital corresponde a 50% do orçamento total. É um meio que os nossos clientes não dispensam e, por isso, nós também não. Queremos estar onde eles estão e é aí que podemos fazer crescer a reputação e o negócio.

fs@briefing.pt

 

Segunda-feira, 02 Dezembro 2019 12:31


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