A Isabel sabe o que quer. E este ano está (E-)Fit

Comunicadora, mais do que influenciadora. É assim que se apresenta Isabel Silva. E agora também empreendedora: é que o seu primeiro negócio como investidora acaba de abrir – um estúdio E-Fit, em Lisboa, a que deu o seu nome, precisamente porque a ambição para 2019 é consolidar a sua marca. Em entrevista, garante: “Sei bem quem sou e sei bem o que quero e não quero”.

 

Briefing | Como surge o E-Fit na sua carreira?

Isabel Silva | Este é o meu grande projeto para 2019. Aliás, é o meu grande projeto de sempre fora da área da comunicação.
Eu nunca quis ser figura pública. Mas, gosto de comunicar e uma das consequências foi tornar-me uma figura pública. E uma coisa boa é poder ser a mensageira de algo que inspira pessoas, poder usar a minha faceta de figura pública para praticar o bem. Isso é absolutamente maravilhoso. Por isso, qualquer negócio que eu lançasse fora da comunicação teria de ter a ver com algo que me define como pessoa, isto é, teria de estar ligado à alimentação e ao desporto, que são a minha base para o sucesso. Dão-me saúde e, tendo saúde, sou capaz de tudo. É assim que surge este projeto.
O ano passado foi o ano em que construí caminho para aqui chegar, foi um ano de mudanças, em que consolidei a minha equipa de estratégia e de gestão de conteúdos. Tive de crescer muito para encontrar a equipa certa. Digamos que foi o ano das dores de crescimento. E, em 2019, estou a começar a colher o que semeei. O E-Fit surge assim. Já pratico electroestimulação há quatro ou cinco anos e acredito muito nesta tecnologia. E acredito na marca, que tem tido um crescimento brutal em Espanha e tem crescido cada vez mais em Portugal. Foi por acreditar muito que decidi lançar um estúdio, mas associando a marca Isabel Silva, que quero muito consolidar este ano, continuando a criar projetos.

Este é um E-Fit diferente, precisamente orque tem associado a marca Isabel Silva…

Exatamente. A marca E-Fit está bastante consolidada em Portugal. E, a mim interessa-me neste momento – porque estou a dar os primeiros passos como empreendedora – associar a minha marca a uma marca sólida. Um dos meus grandes objetivos é, como disse, consolidar a marca Isabel Silva. É por isso que tenho uma equipa a trabalhar comigo.

É um bom argumento de marketing?

Acho que é um excelente complemento. A minha marca, como está associada ao bem-estar e à saúde e transmite muita verdade e transparência, é um bom empurrão e pode ajudar a marca E-Fit a posicionar-se. Da mesma forma que a marca E-Fit ajuda a marca Isabel Silva a posicionar-se. Não quero que uma marca se sobreponha à outra, têm de estar lado a lado. Mas este estúdio será diferente de todos os outros porque vai respirar Isabel Silva. E tu perguntas de que forma. Desde logo, porque passarei a treinar neste estúdio com regularidade. E porque todas as marcas que me acompanham também lá vão estar. O meu fisioterapeuta e o meu massagista desportivo vão estar lá; já trabalham comigo há algum tempo e as pessoas que me acompanham têm curiosidade. Dentro da nutrição, quero ter um coach que ensine as pessoas a comer. Não quero um simples nutricionista, quero alguém que desperte nas pessoas o prazer dos alimentos naturais. Este E-Fit vai ter uma energia diferente.

Quando decidiste assumir a marca Isabel Silva?

Foi surgindo naturalmente. Nunca pensei que estaria aqui contigo a conversar sobre o meu primeiro E-Fit. Nunca fiz esses planos. Só sei que adoro comunicar e produzir conteúdos. E começou a surgir de forma muito orgânica, com a partilha de conteúdos que, como leitora, gostaria de ler. Primeiro, só no Instagram e no Facebook, depois achei que era redutor e decidi criar um blogue para poder escrever, a seguir, como gosto de televisão, abri um canal no YouTube…
Entretanto, fui-me apercebendo de que as pessoas faziam muitas perguntas sobre a minha alimentação, a forma como me preparava, de onde vinha a minha energia… e percebi que não estava a conseguir transmitir tudo só com as redes sociais e com o blogue, pelo que lancei o primeiro livro, “O meu plano do bem”. Não criei expectativas, mas a editora desafiou-me para um segundo livro, “A comida que me faz brilhar”. Eu não sou nutricionista, nem tenho a pretensão, sou apenas uma pessoa que acredita que a felicidade se faz de pormenores como a alimentação, como o desporto, como dormir sete ou oito horas por dia. Se o fizer, tenho todas as condições reunidas para ser criativa, para estar bem com os outros e ser feliz.
Através dos livros, fui sendo convidada por empresas para palestras motivacionais e percebi que adoro fazê-lo. No meio disto tudo, verifiquei que era preciso ter algumas pessoas a trabalhar comigo. Deu muito trabalho e desgastou-me. Se não fosse a minha capacidade de manter a mente sã… Mas, nesta caminhada fui conhecendo pessoas inacreditáveis, que entendem o meu ADN.

O blogue chama-se I am Isabel Silva. Quem é a Isabel Silva?

A Isabel Silva é uma mulher profundamente apaixonada pela vida, com um respeito enorme pela vida. É assim que me defino. Faço tudo para poder viver a vida com a intensidade que acho que ela merece. Acredito que a felicidade está nos pequenos momentos da vida. O que me deixa feliz é ter saúde para, antes de entrar numa reunião ou fazer um programa, ir correr ao pé do mar e dar um grande mergulho. Faço, seja verão, seja inverno, de janeiro a dezembro, duas vezes por semana. Não abdico de uma ou duas horas por dia para dedicar ao exercício, tal como não abdico das minhas horas de sono, porque é quando se dorme que se regenera o corpo e se tem energia para enfrentar o dia. E não abdico de comer bem, sou a mulher das marmitas. Privilegio a natureza dos alimentos. E, claro, privilegio ter tempo para estar com a minha família e com o meu cão. Se tiver tudo isso, tenho toda a energia do mundo para fazer o que mais adoro que é produzir conteúdos e criar coisas.

Como foram surgindo outras marcas interessadas no teu percurso?
Este é um projeto que é meu, há um investimento, não sou só embaixadora. É a primeira vez que vou investir num negócio – estamos a falar de um montante inicial de 150 mil euros. Paralelamente, há as marcas que estão comigo porque são marcas que respiram o meu ADN, não poderiam ser de outra forma. Falo de uma marca que me é muito especial, que é a EDP, uma marca que respira energia. Sou embaixadora das corridas, estou com eles a correr e em tudo o que envolva energia. Aceitei também o desafio da New Balance, porque me identifico com os valores que eles privilegiam. São os principais sponsors de duas maratonas que quero muito correr este ano – Londres e Nova Iorque. Assumi o compromisso e vou correr com eles. Também tenho uma ligação muito forte com a Garnier, da L’Oréal, porque cada vez mais entra no mercado da sustentabilidade, da naturalidade. E há outras que já são família, como a Quinta do Arneiro, que faz um trabalho incrível na alimentação biológica, ou a Biovivos, a marca do João Henriques, que é um sonhador. E há ainda uma marca com um poder fortíssimo no mercado internacional que é a Iswari, de que sou novamente embaixadora e com a qual estou a construir conteúdos, mas são conteúdos de verdade porque consumo os produtos com regularidade.
São várias marcas, mas é tão fácil porque estão naturalmente presentes no meu dia a dia. É por isso que resulta. Mas também acho que as marcas gostam de mim porque dou tudo.

Já rejeitaste marcas?

Já. Acima de tudo, há uma premissa: eu respeito todas as marcas. O facto de rejeitar não significa que pense que essas marcas são más. Apenas não respiram a minha filosofia. Por quantas e quantas marcas dou alma e coração sem receber dinheiro? São marcas em que acredito e que já consumia antes de elas me conhecerem. Quando acho que as marcas que consumo estão a fazer um bom trabalho e são símbolo de inspiração e sinto que as pessoas devem conhecer, partilho sem contrapartidas. E há marcas em que acredito, mas a que, por ter assumido compromissos com outras, não me posso aliar. É muito importante sentirmos que somos uma mais-valia para as marcas.
Mas também sou inteligente o suficiente para perceber quando há marcas que se querem aproveitar de mim. Porque há bons e mais influenciadores, mas também há marcas que sabem comunicar e outras que não sabem. Eu opto sempre pela lógica da transparência.

Ser influenciadora traz muita responsabilidade?

Eu nunca quis ser influenciadora. Não é a minha profissão. O que sou é uma comunicadora, uma produtora de conteúdos e isso tem muitas ramificações. Fruto deste estilo de vida, as pessoas sentem-se inspiradas e isso também me inspira. É maravilhoso, ainda tenho vontade de fazer mais e melhor. Mas não me pressiona, eu movo-me por aquilo em que acredito. E o meu trabalho vai ser sempre assim. É claro que o facto de estar exposta é uma responsabilidade e, se calhar, tenho de ter o dobro da atenção, mas isso não significa que tenha de criar uma persona. Sou sempre a Isabel. Sei bem quem sou e sei bem o que quero e o que não quero.

fs@briefing.pt

Quinta-feira, 09 Maio 2019 11:36


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