A Winicio voltou em força. Quem o diz é Catarina Byscaia

A CEO da Winicio, Catarina Byscaia, faz uma retrospetiva do ano de 2022.

Winicio

Recomeço. É assim que a CEO da Winicio, Catarina Byscaia, observa o ano de 2022: 365 dias de desafios superados com sucesso e em que a agência influenciou e inspirou. Em que voltou em força ao mercado, a aculturar equipas e a envolver clientes.

Há 15 anos que desenha estratégias, persegue ideias, conta histórias e tenta sempre fazer a diferença. É a Winicio, agência de publicidade com oferta 360º. “Acreditamos nas boas ideias e que as marcas bem construídas têm o poder de mudar o mundo”, diz a CEO, Catarina Byscaia. “Não construímos ideias pelas ideias, mas pensando sempre no seu impacto e nos resultados a médio e longo prazo. Disto resulta uma entrega nos projetos e comprometimento com as marcas, relações duradouras e de muitos anos com uma estrutura plana, em que o centro de decisão está sempre na linha da frente”, comenta.

Recomeço é a palavra que sintetiza 2022 para a agência. Um recomeço marcado pelo regresso aos escritórios, ao trabalho presencial, às reuniões presenciais. Aos antigos hábitos, mas agora integrados nos novos hábitos entretanto adquiridos. Às reuniões familiares e sociais. “Há mudanças que vieram para ficar. O mundo mudou, acelerou, as pessoas já não são as mesmas nem se relacionam da mesma maneira. E isso tem impacto no consumidor, na comunicação e em todo o trabalho de uma agência”, observa.

“Um recomeço também marcado por termos de aprender a viver com a mudança e com a instabilidade. Passamos de uma pandemia para uma guerra e desta para a ameaça de uma crise, sem nenhuma delas estar 100% resolvida. Cada vez mais sabemos que não podemos ter nada como garantido, mas temos de continuar a viver as nossas vidas. Na verdade, o ser humano tem necessidade de pensar que controla tudo, mas isso é só ilusório, não controlamos nada”.

O que se pode fazer, então? “Influenciar, inspirar e as marcas também”. O ano de 2022 foi, pois, um desafio superado “com sucesso”. Para Catarina Byscaia, era “essencial” voltar aos tempos antes da Covid-19, adaptando a todas as mudanças que, entretanto, haviam acontecido no mundo. “Voltar a aculturar equipas, integrar, motivar. Voltar a envolver clientes. Voltar em força ao mercado. Se já fizemos tudo? Claro que não! É um caminho que teremos de continuar a percorrer nos próximos anos, mas demos já os primeiros passos ao longo do ano de 2022”, declara.

Foram sobre pessoas os principais desafios da Winicio no ano que passou. “As pessoas são, cada vez mais, o nosso maior desafio. Foram em 2022 e vão continuar a ser nos próximos anos”, adianta, mencionando a grande preocupação atual com a saúde mental. “As empresas são também responsáveis por contribuir para o bem-estar de todas as suas equipas e isso tem de estar presente na forma como gerimos e lidamos com as pessoas.”

Outro desafio foi a campanha do “Regresso do Gervásio”, que a agência desenvolveu para celebrar os 25 anos da Sociedade Ponto Verde, e que Catarina Byscaia destaca do portefólio do ano passado. “Tínhamos o desafio de trazer de volta o Gervásio, um chimpanzé que se transformou num verdadeiro ícone da marca há 21 anos, numa campanha em que aprendeu a reciclar em 1h12m. Podíamos tê-lo feito das mais variadas formas, mas a nossa ideia foi trazê-lo de volta pelas mãos das crianças, pedindo-lhes que recriassem a sua versão do Gervásio com embalagens recicladas. Demos vida ao Gervásio e ele voltou ao mundo questionando, evangelizando e movendo todos para mais e melhores práticas de reciclagem, com humor e paixão.” Através de uma campanha integrada, reforçou a reciclagem como um “sinónimo de evolução”, que Catarina Byscaia entende que se está a tornar cada vez mais numa causa de todos os portugueses.

Foi precisamente esta campanha, a par da criação da Identidade de Casas com Pinta, que garantiu à Winicio vários prémios. A CEO partilha, aliás, a grande preocupação no impacto e nos resultados do trabalho: “Qualquer marca tem o poder de influenciar o mundo e essa convicção é o nosso maior driver.” A agência dedica, como tal, “muito tempo” a definir a essência de cada marca, que é a sua bandeira, o seu propósito no mundo e também a chegar a “bons conceitos” antes de chegar à ideia, porque – defende – com uma boa essência e um bom conceito, a ideia fará certamente a diferença e será, acima de tudo, relevante.

E em 2022 o que aprendeu a agência? “Que a publicidade continua a ser verdadeiramente apaixonante. Trabalhar em equipa, ter ideias, pensar, fazer, refazer até atingirmos a excelência. Uma boa ideia continua a fazer rir, chorar, tremer e acima de tudo continua a ter um verdadeiro impacto no mundo”, advoga, caracterizando 2023 como desafiante. Em consideração está a conjuntura atual, marcada pela inflação e pela guerra, a que as marcas têm respondido com “alguma contenção”. O que, entende, não é necessariamente mau.

É um desafio para que a comunicação seja cada vez mais diferenciadora e relevante”, diz, sustentando que nada se consegue sem luta e resiliência. “São anos desafiantes, mas em que também surgem muitas oportunidades. Não podemos, por isso, perder o foco nem nunca perder de vista a razão que nos faz vir trabalhar todos os dias: criar e acompanhar marcas com verdadeiro impacto e resultado.” É, pois, reverência que a agência procura. “Essa é, nos dias de hoje, a maior ambição de qualquer pessoa, empresa ou marca”, acredita.

Quarta-feira, 22 Março 2023 12:39


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