Em comunicado, a RTP justifica a exoneração de associada com a constatação de que a CAEM “se tornou incapaz de cumprir”, no atual enquadramento, o fim para que foi criada na sua função autorregulatória e na capacidade de agregar todos os interesses do mercado.
A “última decisão que veio confirmar tal incapacidade” – argumenta – foi tomada na Assembleia Geral de 30 de abril com a recusa, “sem qualquer fundamentação”, da validação final do painel e das correções ao sistema audimétrico.
O mesmo argumento invoca a TVI, considerando, em comunicado, que a CAEM atuou de “uma forma contrária à prossecução do seu fim social, conforme delimitado pelos respetivos estatutos e demonstrou não ter a capacidade para ser representativa de todos os interesses do mercado”.
As duas estações recordam que a auditoria foi pedida por quem paga 44,5% do custo do serviço de medição de audiências e que não teria custos para os restantes associados nem para a comissão.
O abandono da RTP e da TVI acontece em vésperas da assembleia geral que marcará a passagem de testemunho na presidência da CAEM, de Luís Marques, da SIC, para a APAN.
Fonte: Briefing