Audimetria: novo sistema traz “transparência na relação entre mercado e empresa de medição”

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O acordo para um novo sistema de medição das audiências televisivas em Portugal – a ser assegurado pela GfK – já está assinado e segue-se agora a implementação do mesmo, num processo que deverá durar até ao final do ano corrente. Fernando Cruz, director executivo da Comissão de Análise e Estudos de Meios (CAEM), explica quais são os próximos passos a dar, bem como as vantagens do novo sistema, e manifesta a “maior tranquilidade” da Comissão em relação à queixa apresentada pela Marktest junto da Autoridade da Concorrência.

Comissão de Análise e Estudos de Meios (CAEM)com novo director
Briefing: O acordo com a GfK já está assinado. Que grandes diferenças tem este novo sistema de audimetria em comparação com o actual?

Fernando Cruz: Conforme comunicado enviado na parda sexta-feira, foi assinado o contrato de fornecimento de serviços de medição de audiências (ou audimetria) de televisão para o período de 2012 a 2016. O sistema de audimetria agora adjudicado à GfK para entrar em funcionamento  em 2012, difere, do actual em três vertentes: vai ser recrutado um novo painel de 1100 lares ; vai ser usada exclusivamente a tecnologia audiomatching, que permitirá recolher dados de qualquer tipo de distribuição de sinal de televisão (aerial, cabo, IPTV, dth, satélite ou TDT ou outros sistemas)  e possibilitará a recolha de dados em qualquer tipo de aparelho de TV sem intrusão e finalmente este contrato constitui um novo relacionamento institucional entre a CAEM, como representante do mercado (Meios, Anunciantes e Agências) e a empresa fornecedora do serviço.

B: E que vantagens traz este novo sistema ao mercado?

FC:
O sistema trará ao mercado  a capacidade de poder medir todos os sistemas de distribuição, incluindo o novo sistema TDT, um painel recrutado de novo com um número maior de lares instalados (1100 contra os actuais 1.000) e ao mesmo tempo, uma maior transparência na relação entre o mercado e a empresa responsável pela medição de audiências, além de ter sido tornado possível ao mercado manter o nível de custos que vinha pagando.

B: Vão ser efectuados mais testes entretanto? Como é que se vai desenrolar o processo de implementação do novo sistema a partir daqui?

FC:
Uma vez celebrado o contrato com a GfK,  segue-se uma intensa fase de operacionalização do estudo para que possa estar em funcionamento em Janeiro de 2012.  A Primeira fase passará pela elaboração de um estudo base quantitativo, com uma amostra ,representativa dos lares de Portugal Continental, seguindo-se o recrutamento do painel de 1.100 lares e em simultâneo a instalação de audímetros nos lares do painel e dos sistemas que irão proceder ao tratamento dos dados recolhidos diariamente. Prevê-se neste momento que os testes do novo sistema tenham lugar em Novembro/Dezembro para implementação em Janeiro.

B: Como é que a CAEM encara a queixa apresentada pela Marktest na Autoridade da Concorrência?

FC:
A CAEM encara o pedido de esclarecimento pedido pela Autoridade da Concorrência, como perfeitamente normal, num Estado de Direito, democrático. Ao mesmo tempo encara esse pedido de esclarecimento com a maior tranquilidade, já que todos os passos da consulta efectuada foi acompanhada e ratificada por pela Associação Portuguesa de Anunciantes, que reúne a grande maioria dos anunciantes, todas as Televisões e Distribuidores de sinal de televisão por subscrição e todas Agências de Meios. Todas as decisões aprovadas foram-no por unanimidade dos sectores envolvidos.

Fonte: Briefing

Quarta-feira, 04 Maio 2011 09:31


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