Com a Olga Studio, comunicar é um espetáculo

Com a Olga Studio, comunicar é um espetáculoA comemorar um ano de atividade, a Olga Studio nasce da vontade de alargar horizontes dentro da produção de conteúdos visuais. Uma área que, segundo o co-fundador, ilustrador e designer gráfico, Rui Cardoso, tem ganho importância. Isto porque as marcas se apercebem que comunicar através desta técnica permite tornar um evento único. É que a base do video mapping é uma “superfície em branco” e o limite está apenas na criatividade, diz.

Briefing | A comemorar um ano de Olga Studio, qual o balanço?

Rui Cardoso | Muito positivo! Foi particularmente surpreendente, para nós, em ano de arranque, não precisarmos de investir muito em procurar clientes. As relações pessoais que mantivemos com as pessoas com quem fomos trabalhando no passado deram os seus frutos.

Briefing | E porquê Olga? De onde vem a inspiração para este nome?

RC | É o nome da ‘nossa’ cadela e ela nunca falta ao trabalho! Agrada-nos ter um nome com uma conotação mais pessoal e, por vezes, até gera empatia em quem nos conhece pela primeira vez.

Briefing | Considerando que os orçamentos das marcas estão mais reduzidos, o que motivou este projeto?

RC | Já tínhamos trabalhado juntos na Dub Video Connection e sempre nos entendemos bem na gestão de projetos com alguma escala e exigência, nomeadamente em eventos corporate e de ativação de marca. Este projeto nasceu de uma vontade comum de alargar horizontes dentro da produção de conteúdos visuais.

Briefing | Qual a estratégia para afirmar a Olga Studio perante outros estúdios a operar no mercado nacional?

RC | Acreditamos que a nossa mais-valia face a outros estúdios de pequena dimensão é o forte know-how técnico. Temos notado que isso nos permite abordar cada projeto com muita consistência, oferecendo não só os conteúdos visuais como soluções tecnológicas e de integração, que tornam esse projeto mais apelativo e mais eficaz. Por isso, estamos muito atentos a todas as oportunidades que nos surgem para podermos melhorar a nossa técnica. De resto, acreditamos que a satisfação de quem nos chama é o caminho mais rápido para continuarmos a evoluir no mercado da produção audiovisual.

Briefing | A Olga Studio apresenta-se como uma empresa de vídeo mapping. Quais as mais-valias desta técnica? O que o vídeo mapping pode fazer por uma marca?

RC | O video mapping tem-se revelado uma forma muito versátil de comunicar e tem ganho cada vez maior importância, à medida que as marcas se apercebem que comunicar através de conteúdos visuais permite cativar a audiência com experiências sensoriais que tornam a informação mais recetível e memorável. Cada vez mais, as marcas recorrem a infraestruturas e tecnologias que permitam tornar o seu evento único – e é aqui que o video mapping entra, com a missão de ‘pintar’ essas mesmas estruturas/palcos com mensagens que as marcas querem veicular. Analisando, por exemplo, o canal de YouTube de algumas marcas como Nokia, Ralph Lauren ou Samsung, que têm utilizado o video mapping para se promoverem, vemos que esses vídeos estão nos primeiros lugares de visualizações. Isto prova que são ações de grande impacto junto do público.

Briefing | Que desafios se colocam à criatividade no trabalho desenvolvido pela Olga?

RC | O nosso grande desafio tem sido sempre o mesmo: tempo vs. dimensão. A nossa especialização é essencialmente com a produção audiovisual para grandes superfícies (projeções 360º, projeções em fachadas de edifícios ou praças, etc.). Somos sempre confrontados com a batalha do tempo e da escala. Nesta área, é comum os projetos já nos chegarem com prazos curtos, de 2 a 3 semanas, o que constitui uma barreira à criatividade e dificulta a produção técnica. Mas a verdade é que a nossa capacidade de resposta nos tem permitido diferenciarmo-nos, sobretudo junto do mercado corporate.

Briefing | Como se articulam estas técnicas com a publicidade?

RC | O video mapping, quando aplicado à comunicação de marca, é uma forma de publicidade, seja no âmbito de um evento interno ou de uma apresentação na via pública. Esta técnica, pelo seu fator de ‘espetacularidade’, permite às marcas chegar a um público que muitas vezes não está recetivo a determinada informação mas que, ao mesmo tempo, se sente atraído pela forma como esta é apresentada.

Briefing | Que outras áreas podem beneficiar com o vídeo mapping?

RC | Todas as áreas da comunicação, uma vez que a base do vídeo mapping é uma ‘superfície em branco’, que é objeto de projeção de qualquer tipo de conteúdo audiovisual. Ou seja, à partida qualquer tipo de estrutura pode ser vídeo mapeada, desde a estrutura de um palco para um evento corporate, a palcos de espetáculos e festivais, passando até por estruturas indoor que podem servir museus, teatros, etc. O limite é mesmo a criatividade… E, pensando de uma forma muito prática, um cubo vídeo mapeado, por exemplo, facilmente se transforma num aquário ou numa caixa de brinquedos… não há limites…

Briefing | Como a Olga Studio vê Portugal nesta área? É uma técnica que está a ganhar terreno?

RC | Infelizmente esta ainda é uma técnica algo dispendiosa, dado o valor do equipamento necessário. Este aspeto, aliado ao facto de o mercado dos eventos em Portugal ter decrescido nos últimos anos, faz com que haja ainda muito terreno a conquistar. No entanto, cremos que haverá sempre procura para este tipo de técnicas de comunicação, até porque, apesar de dispendiosa, parece-nos que o valor que acrescenta tem vindo a ser cada vez mais reconhecido por agências e marcas. Podemos ver pelos crescentes eventos públicos e gratuitos que recorrem a esta técnica. Parece-nos que o público já sabe o que vê e que gosta.

Briefing | Que marcas já aderiram ao conceito da Olga Studio?

RC | No âmbito do video mapping, especificamente, tivemos oportunidade de fazer o 360º na Praça do Município, em Lisboa, para o lançamento da marca NOS, colaboramos também na maior projeção indoor já feita em Portugal, realizada no MEO Arena, para o encontro de quadros da EDP. A título particular vencemos um concurso internacional da Yoplait onde fizemos um vídeo com mapping em miniaturas e maquetes. Como também gostamos muito de animação mais ‘tradicional’ ficamos muito contentes por recentemente nos terem convidado a desenvolver a animação e motion graphics para um anúncio para a Coca-Cola.

Briefing | Há novos mercados em mente?

RC | Através dos nossos parceiros estamos, neste momento, a elaborar propostas para eventos corporate no Dubai. A par disto, produzimos recentemente todos os conteúdos visuais para um grande encontro de quadros da Unitel, em Angola. Sentimo-nos com bastante energia nestes novos rumos que se começam a desenhar.

Alargar horizontes na produção audiovisual é a motivação da Olga Studio

 

sb@briefing.pt

 

Quinta-feira, 16 Julho 2015 10:32


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