Briefing | A AdClick afirma que se distancia das agências tradicionais de marketing. Em que medida?
Nuno Lopes | Com nove anos de existência, a AdClick é um publisher 100% digital que cria audiências temáticas com base em conteúdo relevante sobre temas financeiros, lifestyle, notícias, viagens, saúde, bem-estar, autoajuda, entre outros. Com conhecimento profundo em marketing digital de performance e recorrendo a tecnologia desenvolvida internamente, conhece bem a demografia e interesses da sua audiência e preocupa-se em apresentar-lhes produtos ou serviços adequados às suas necessidades. A vantagem desta estratégia é o uso da interação, confiança e envolvimento do utilizador com a nossa marca que permite aos nossos clientes, de forma adequada, potenciar as suas oportunidades de venda e/ou aumentar a notoriedade online.
Briefing | A empresa desenvolve e implementa soluções de web marketing que facilitam e aceleram o ciclo de vendas dos clientes. Como garantem isso?
NL | Este trabalho de criar audiências temáticas consiste em oferecer aos nossos utilizadores conteúdo interessante, credível e sobretudo que seja valorizado. Uma vez que criamos audiências segmentadas, quando combinamos os produtos publicitados com a audiência adequada, o sucesso da venda está muito mais perto. Se a este brand awareness juntarmos a possibilidade de recolher uma lead, os nossos clientes têm aí uma oportunidade de ouro – têm acesso a um utilizador que demonstrou vontade em ser contactado sobre determinado produto.
Briefing | Quais as soluções disponibilizadas? E que vantagens para os clientes que a elas recorrem?
NL | Com uma enorme experiência acumulada, naturalmente que a nossa gama de soluções é bastante extensa. Tendo começado no lead-generation, abrimos então depois caminho para serviços como o display, email-marketing, content marketing, native advertising, canal patrocinado, vídeo e social media. Num modelo mais típico de agência fazemos ainda a gestão e investimento em plataformas ppc (Google AdWords e Facebook entre outras) pelos nossos clientes e, num complemento a tudo o resto, o aluguer e gestão de bases de dados. A grande vantagem para os nossos clientes é poderem potenciar as suas oportunidades de venda e comunicação com potenciais clientes, usando os diferentes formatos que referi no momento certo, alavancando as suas vendas.
Briefing | Como funciona o modelo de remuneração por resultados? Qual o seu impacto?
NL | Trabalhamos diferentes modelos, consoante os diferentes serviços, mas os modelos de remuneração mais usados são o CPL, Custo por Lead, CPC, Custo por Click e CPM, Custo por Mil impressões. Temos ainda os modelos de investimento em meios (Google e Facebook), onde cobramos uma percentagem sobre o investimento, e o modelo de content marketing, onde poderemos cobrar por patrocínio de canal ou por artigo patrocinado. O seu impacto é sempre muito interessante, uma vez que os nossos clientes tipicamente não pagam custos fixos ou de set-up, remunerando-nos apenas por resultados. A grande vantagem do marketing digital é essa, tudo é mensurável, quer estejamos a falar de Visitas, Clicks, Vendas, Interações ou Visualizações.
Briefing | Pode dar alguns exemplos de casos de sucesso?
NL | Temos diversos casos de sucesso com marcas de variadas áreas e negócios como Cofidis, Universidade Católica, MetLife, Imovirtual, EDP, DECO, MasterD ou Mapfre, por exemplo.
Briefing | A nível de gestão de portais a empresa possui o E-Konomista, WeMystic, Vida Ativa e Buzztimes. Porque está a AdClick focada nessas áreas? E ponderam explorar outras? Porquê?
NL | Essas áreas foram escolhidas por haver um grande interesse, procura e desconhecimento dos utilizadores sobre os temas e por aí vimos uma oportunidade. Estamos sempre atentos às tendências dos mercados e pronto a reagir a qualquer desafio; por esse mesmo motivo temos naturalmente mais alguns temas em planeamento.
Briefing | Que resultados obtiveram no último ano?
NL | A faturação da AdClick em 2015 foi de cerca de 6.5 milhões de euros. Ainda em 2015, lançámos mais dois projetos, o Buzztimes e criámos uma equipa interna de R&D (Research & Development), denominada Labs. Paralelamente, em 2015, o grupo Impacting, do qual a AdClick faz parte, presenciou ainda o nascimento de mais uma spin off do grupo, o Smarkio – uma plataforma de Marketing Automation.
Briefing | Mais de 70% da vossa faturação é externa. Considera que isso se deve à falta de investimento, por parte das empresas portuguesas, em serviços de outsourcing?
NL | Não considero. Este reflexo na faturação advém de uma mentalidade que desde sempre foi “think global”. De qualquer das formas, na nossa faturação, Portugal aparece como a segunda geografia mais relevante a seguir a França, com 30%.
Briefing | Quais as perspetivas da AdClick para 2017?
NL | Para 2017, a nossa aposta vai passar claramente pelo investimento na componente comercial, crescendo nessa área como forma de alavancar os nossos projetos. A nível de novos projetos, a decisão vai passar pelos Estados Unidos e a América Latina.