No mundo de hoje, com as alterações climáticas na vanguarda das preocupações globais, abraçar a sustentabilidade não é apenas uma obrigação moral, mas um imperativo estratégico para qualquer empresa com visão de futuro.

Conscientes disso mesmo, no Continente, procuramos desenvolver a nossa atividade respeitando os limites do planeta, de uma forma justa e segura, tanto quanto possível. Um compromisso que aliás tem levado a mudanças significativas em toda a nossa cadeia de valor, desde a produção até à distribuição.

Enquanto retalhista alimentar, reconhecemos o impacto da nossa operação no ambiente e estamos por isso empenhados em minimizá-lo até onde nos for possível. Um caminho que iniciámos há 40 anos, feito de muitas pequenas mudanças, mas também de grandes transformações que ultrapassam as fronteiras da nossa organização. Por todos nós, pelo planeta.

O Continente pretende atuar como um agente de mudança fundamental no sistema alimentar, assegurando a implementação das melhores práticas e promovendo uma maior transparência em todas as etapas do processo. Queremos incentivar também os consumidores e os diferentes stakeholders a adotarem comportamentos mais responsáveis, pois só com uma atitude coletiva conseguiremos assegurar um futuro mais sustentável.

Assim, a nossa visão de sustentabilidade está estruturada numa agenda de quatro eixos principais: produção sustentável, oferta responsável, circularidade e ação climática.

Quando falamos em produção sustentável referimo-nos à promoção de práticas de produção que minimizam o impacto ambiental e garantem o respeito pelos direitos humanos ao longo de toda a cadeia de abastecimento. Um exemplo deste nosso compromisso é o Clube Produtores Continente (CPC), criado em 1998, que assume a missão de apoiar os produtores nacionais na implementação das melhores práticas produtivas. O CPC conta atualmente com 364 membros distribuídos por todo o país, incluindo Açores e Madeira, o CPC valoriza a autenticidade dos produtos portugueses e representa já mais de 600 milhões de compras à produção nacional, o que se traduz em mais de 250 mil toneladas de produtos desde frutas e legumes, vinhos, talho, charcutaria e queijos, peixaria, padaria e pastelaria. Esta abordagem não só fortalece a economia local, mas assegura também que os consumidores tenham acesso a produtos frescos, origem nacional e provenientes de sistemas de produção mais sustentáveis, nas lojas continente.

No âmbito da oferta responsável, trabalhamos diariamente para democratizar o acesso a uma cesta mais saudável e sustentável, e porque o Continente é de toda a gente, para além de um sortido muito completo de produtos, estamos continuamente focados a pensar nas necessidades específicas dos consumidores. Seja para quem tem intolerâncias alimentares, para quem procura uma alimentação mais saudável, para quem quer dar o melhor aos seus filhos, ou para quem simplesmente quer a melhor qualidade e variedade aos preços mais baixos, o Continente tem uma solução. A marca Continente Equilíbrio, é disso um exemplo – oferece mais de 200 produtos validados por nutricionistas, que cumprem as diretrizes da Direção Geral de Saúde (DGS) e são desenvolvidos sem ingredientes desnecessários, como intensificadores de sabor, óleo de palma, gorduras hidrogenadas e adoçantes artificiais, garantindo o sabor e a qualidade.

Ainda neste eixo da oferta responsável, com a ajuda de uma equipa especializada, melhoramos continuamente a qualidade nutricional e o sabor dos nossos produtos. Recentemente, reduzimos mais de 1000 toneladas de açúcar, 130 de sal e 400 de gordura em mais de 600 produtos.

Por outro lado, o Continente orienta a sua ação para uma maior eficiência no consumo e uso de recursos, respondendo assim ao eixo da circularidade. Temos uma taxa de reciclabilidade de 95% nas embalagens de marca própria e implementámos projetos como o Ecospot, um local dedicado à separação de resíduos como embalagens, pilhas e rolhas de cortiça que permite aos clientes fazer a separação de resíduos quando vai às compras às nossas lojas, aliando sustentabilidade à conveniência. Além disso, promovemos, ainda, iniciativas que ajudam a combater o desperdício alimentar, como a Gama Zero Desperdício, uma gama de frutas e legumes que seriam desperdiçadas no campo por pequenas imperfeições que em nada prejudicam a sua qualidade às quais damos uma segunda vida; a Feira do Desperdício do Clube Produtores Continente, uma plataforma para fornecedores poderem escoar excedentes da sua produção, que podem ser comprados por outros produtores para produção de novos produtos, ou a doação de excedentes de loja a instituições sociais, que no ano 2024 totalizaram mais de 28 milhões de euros, o equivalente a 8.800 toneladas de alimentos e a mais de 8 milhões de refeições salvas.

Quando olhamos para o eixo da ação climática o nosso compromisso é o de assegurar a descarbonização e adaptação da nossa operação em linha com o cenário de 1,5°C. A MC foi a primeira empresa retalhista portuguesa a estabelecer metas de redução de emissões validadas pela SBTi (Science Based Target Initiative), com o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica até 2040. Por forma a alcançarmos esta meta, várias têm sido as medidas implementadas ao nível da nossa operação incluindo a instalação de portas de vidro em móveis de frio; otimização do controlo de iluminação na área de vendas; e ajuste do set point de equipamentos; renovação de 25 Centrais de Frio e ainda o desenvolvimento contínuo da rede de carregamento de veículos elétricos Plug & Charge que conclui o ano 2024 com 432 pontos de carregamento, vez mais força na tomada distribuídos por 99 lojas.

No Continente acreditamos que o setor do retalho pode desempenhar um papel crucial na transformação do sistema alimentar em prol de um planeta com mais saúde, e é com base nesse compromisso que trabalhamos todos os dias. Numa era em que a sustentabilidade ganha cada de decisão de compra do consumidor, no continente estamos certos de que a transparência, a adoção de medidas mais sustentáveis e a promoção de comportamentos mais informados e responsáveis são chave para um impacto positivo nas pessoas e no planeta.