É champô e ecológico
Um champô deu início ao projeto. E como a ecologia foi o motor, a escolha do nome para a marca conciliou os dois mundos: Shaeco – Sha de champô (em inglês, shampoo) e Eco de ecológico.
Um legado
Marca registada a nível europeu, começou a ser idealizada em 2018, tendo sido lançada dois anos depois. Conta Vera Maia, cofundadora, com Inês Martins, que nasceu da sua vontade de deixar um legado aos filhos, mostrando que é possível proteger o planeta e ter uma vida cosmopolita: “Após o nascimento do meu primeiro filho, o Vasco, comecei a mudar algumas rotinas e produtos em casa. Experimentei champô sólido de várias marcas, mas não gostava do resultado final. Resolvi procurar quem em Portugal pudesse ajudar-me a desenvolver e produzir estes cosméticos sólidos.”
Mudanças
A decisão de desenvolver os produtos emergiu das mudanças pessoais de Vera Maia, que adotou um estilo de vida mais saudável e sustentável, eliminando compras desnecessárias (“e, às vezes, até excessivas”). Os cosméticos utilizados em casa passaram a ser sólidos. “Também influenciei as pessoas à minha volta a adotarem este estilo de vida”, partilha.
Sustentável, mas não fundamentalista
Sustentável e nacional. É assim a Shaeco, mas, nas palavras da sua CEO, “é uma marca não fundamentalista”: “Acredita que o futuro do planeta está nas nossas mãos e que cada ação que possamos fazer irá ter um impacto no futuro.” Sónia Santos ressalva que existem já algumas marcas de champô sólido em Portugal, a sua maioria de produção externa ou de produção artesanal ou em pequenas quantidades. A diferença é que a produção industrial lhe permite “entregar um produto de elevada qualidade, consumindo menos de 80% de água durante o processo produtivo e garantindo todos os aspetos de qualidade que se esperam neste tipo de produto”. “Somos ainda uma entidade aprovada e fiscalizada pelo Infarmed, cumprindo todas as normas de segurança e qualidade dos produtos exigida aos cosméticos”, frisa. Na sua ótica, os consumidores começam a compreender a importância de terem um estilo de vida mais sustentável e procuram alternativas desenvolvidas e produzidas em Portugal: “Os nossos produtos são vegan, cruelty free, plastic free (umas das maiores preocupações a nível mundial). As nossas caixas são em papel reciclado e reciclável, com tinta vegetal.”
(Em) Primeiro
O primeiro produto ainda se mantém no top de vendas: é o “One & Done”, champô sólido para todos os tipos de cabelo, que é muitas vezes adquirido em conjunto com a Pebble, caixa de transporte em cortiça.
A família
Do primeiro champô à gama atual vão 20 produtos: todos eles cosméticos sólidos (champôs, condicionadores, champô e sabonete 2 em 1, sabonetes, barras hidratantes). Que podem ser adquiridos na loja online, em revendedores autorizados e em mais de 70 farmácias. No horizonte está para já uma barra de higiene íntima, mas há mais novidades em formulação.
Online sem fronteiras
O digital é o principal canal de vendas da Shaeco, não só em Portugal, como para outros mercados. Através dele chega à Europa comunitária e à Suíça, mas também aos Estados Unidos e ao Canadá. A fundadora adianta que a internacionalização é um dos objetivos, a par do reforço do portefólio.
Made In Portugal
Ser uma marca portuguesa é mais relevante para o mercado internacional do que, por vezes, no mercado nacional. E Sónia Santos explica porquê: é que “Portugal continua a ser conhecido como um mercado de produção de excelência, com elevado controlo de qualidade e de gestão de matérias-primas, além de se inserir numa Europa comunitária com regras específicas ao nível dos cosméticos”.
Fátima de Sousa

