Formato português pretende encontrar novo Steve Jobs

Formato português pretende encontrar novo Steve Jobs

“Finding the next Steve Jobs”, este é o nome de um novo reality-show de empreendedorismo desenvolvido pela empresa portuguesa Medialuso, em parceria com a academia “School of Life”. Em declarações ao Briefing, Bruno Carvalho, diretor de Conteúdos da produtora e um dos criadores do formato explicou como surgiu a ideia e quais os objetivos deste programa. O formato será produzido em Miami, estando prevista a transmissão nos EUA e no Brasil.

 

Briefing I Como surgiu a parceria da Medialuso com a academia “School of Life”?
Bruno Carvalho I Antes de conhecer o Ricardo Bellino, fundador da “School of Life”, ele já era para mim uma referência mundial. Estamos a falar de um visionário… Sempre estive ligado ao empreendedorismo. Toda a minha vida tive ideias e habituei-me desde muito cedo a lutar por elas. Acabei por me cruzar com o Ricardo e tornámo-nos amigos. Ultimamente temos vindo a estudar negócios em conjunto e quando ele me falou a primeira vez na “School of Life” percebi o potencial que a filosofia da academia teria se fosse concretizada num programa de televisão. Conversámos bastante e fomos construindo o conceito, a mecânica do formato e o objetivo do programa. Foram dias de trabalho! E foi assim que tudo nasceu… Se quiser é uma união de vontades, uma sincronia de valências. O Ricardo quer descobrir novas ideias e novos talentos e eu pretendia ter um reality-show inovador, positivo e que fuja ao estereótipo do conteúdo fácil.

Briefing I Em que consistirá o formato “Finding the Next Steve Jobs”?
BC I É um reality-show de empreendedores, mas com ingredientes fortíssimos para agarrar do princípio ao fim qualquer pessoa! Trabalhamos muito bem a expectativa, o elemento surpresa e vamos dar-lhe a emoção que os programas de televisão devem ter. Na verdade, a mecânica é muito simples. Qualquer pessoa com uma boa ideia pode inscrever-se na plataforma da “School of Life”, depois vinte candidaturas são selecionadas e essas pessoas passam a viver em Miami, num espaço de co-work, onde vão receber coaching e desempenhar várias tarefas e desafios. Os que mostrarem possuir um forte perfil de liderança, resiliência e capacidade de resolverem problemas têm fortes possibilidades de chegar ao fim. Todas as semanas, um júri liderado por Nollan Bushnell fará o escrutínio do que se passou e pelo menos um é expulso do programa. No fim, as melhores ideias de negócio são colocadas online, na plataforma de crowdfunding “When you Wish”. Nessa altura, qualquer um pode votar e financiar, o projeto! É um reality verdadeiramente multiplataforma e interativo com um prémio final de um milhão de dólares. O vencedor vai poder utilizar esse dinheiro na concretização da ideia… Nunca vi nada assim. Quem me dera ter tido a possibilidade de participar num programa destes!

Briefing I Qual o objetivo deste programa?
BC I Numa altura em que só se fala de crise económica, “Finding The Next Steve Jobs” é muito mais do que um programa de televisão. Tenho a certeza que vamos mudar a vida das pessoas que forem connosco para Miami e vamos seguramente emocionar as que virem o programa em casa. Estamos a falar de um formato verdadeiramente life-changing. O objetivo é descobrir talento, criar sinergias, mostrar às pessoas que tudo nasce da ideia. E que não podemos desistir daquilo que acreditamos! Não vejo nada que faça mais sentido do que isto no contexto atual da Europa, por exemplo…

Briefing I A Medialuso pondera a possibilidade de trazer o formato para Portugal?
BC I O formato vai estrear com uma edição brasileira e, de seguida, uma americana. Há também muito interesse por parte de uma televisão espanhola que achou fantástico ter o Nollan Bushnell, fundador da Atari e o primeiro patrão do Steve Jobs, ao lado do Ricardo Bellino num programa para avaliar pessoas com boas ideias, pessoas que querem fazer coisas diferentes. Não é disto que precisamos?! A solução para muitos dos problemas atuais passa pelas pessoas. Somos nós que podemos mudar o paradigma. Não devemos ficar à espera que sejam os outros. Se quiser esta é a minha receita. Quanto a Portugal gostaria, como imagina, que isso também acontecesse. Temos trabalhado muito com a SIC. Fizemos o “Nas Ruas”, com o Hernâni Carvalho e o “Vizinho, Mudei a Loja”, em coprodução, para a SIC Mulher. Mas, confesso-lhe que não sei se as televisões portuguesas têm neste momento disponibilidade financeira para suportar um formato como este: de grande entretenimento. A ver vamos…

Fonte: Briefing

Segunda-feira, 25 Março 2013 13:04


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