Para além disso, o júri da Google valorizou, ainda, os conceitos e peças criativas das campanhas realizadas.
A seleção da GoBulling como case study nasceu de um projeto desenvolvido diretamente pela Google onde foram analisadas pequenas e médias empresas (menos de 250 trabalhadores) que utilizavam as ferramentas Google Adwords como parte da sua estratégia global de comunicação. “A GoBulling foi selecionada, entre várias marcas analisadas, pelo pioneirismo na utilização destas ferramentas digitais, pela atitude e pro-atividade demonstradas ao longo dos anos e, finalmente, pela qualidade apresentada ao nível da métrica dos resultados obtidos”, revela ao Briefing o diretor de marketing do Banco Carregosa, Tiago Fleming.
Ao saber da nomeação, a instituição sentiu uma “enorme satisfação e orgulho”. “É uma recompensa, um reconhecimento, um sinal de valorização dos nossos esforços e a conquista de um objetivo – o sucesso da marca GoBulling no mercado”, acrescenta o responsável.
A Carregosa deu os primeiros passos na publicidade digital em 2002, tendo os primeiros banners sido produzidos apenas com recursos internos e colocados nos “meios digitais de relevo na época, como o Jornal de Negócios Online e o fórum Caldeirão da Bolsa”, aponta Tiago Fleming. Contudo, o mercado de capitais da época não estava ainda suficientemente “maduro” para tal alteração. Apenas em 2006, se começou a adaptar melhor aos formatos digitais, altura em que a direção de marketing da marca reforçou o investimento no digital tendo em vista o seu posicionamento. “Nessa altura, foram criadas verdadeiras campanhas digitais construídas de raiz e especificamente para os suportes e segmentos de mercado online; isto é, não foram feitas adaptações de campanhas tradicionais para os formatos digitais. A partir desse momento, e, em termos dos resultados obtidos, foi um verdadeiro boom”, afirma Fleming.
Nos últimos anos, a GoBulling já trabalhou mais de 20 conceitos criativos, sendo que no caso concreto do Google, foram desenvolvidos centenas de anúncios Adwords através da pesquisa de centenas de palavras-chave com afinidade ao mercado de capitais.
Para os desenvolver, a marca socorre-se não só do trabalho interno da equipa de marketing mas também dos parceiros estratégicos de comunicação SKA Brand Development. Contudo, Tiago Fleming não descura os account managers da Google, na Irlanda, apontando-os como uma “mais-valia pelo seu know-how e inputs neste tipo de ferramentas de comunicação”.
Cerca de 70 por cento do investimento total em comunicação da GoBulling é direcionado aos formatos digitais, dos quais “40 por cento é diretamente alocado nas ferramentas Google”. “Destacamos os investimentos no motor de busca Google e na sua rede de ‘sites afiliados’, ambos através de campanhas displays, CPC Adwords, remarketing e campanhas por interesse (tópicos)”, refere ao Briefing o diretor de marketing. Para além dos meios digitais, a GoBulling aposta ainda no offline através de diferentes formatos para cada um dos segmentos de mercado que pretende atingir. “Fazemo-lo com uma forte atitude Call to Action que seja facilmente entendida e aceite pelo mercado. Trabalhamos não só os valores, a notoriedade e o posicionamento da marca, como também a oferta de produtos e serviços com proposta de valor para os nossos investidores”, tudo com o objetivo de gerar “contactos, vulgarmente chamados no mundo digital, LEADS”, acrescenta.
Para justificar o sucesso obtido através das iniciativas, Tiago Fleming realça o “arrojo inicial da GoBulling, pioneira no sector financeiro a utilizar estes formatos digitais, o que permitiu obter uma curva de aprendizagem mais curta e antecipada face aos restantes concorrentes do mercado”. Para além disso, o diretor de marketing salienta ainda “a perseverança das equipas da GoBulling e da Google na constante procura das melhores soluções estratégicas, de planeamento, implementação e otimização, para a obtenção de uma verdadeira parceria win-win“, assim como os recursos técnicos e humanos da Google.
Questionado sobre que novas iniciativas se podiam esperar da Carregosa, Tiago Fleming responde: “A notoriedade que as marcas do banco conquistaram no mercado e a aceitação por parte dos nossos stakeholders demonstram que ter uma marca financeira, num mercado agressivo como o de hoje, é um exercício de motivação diário e de constante atualização sobre as melhores práticas do sector. Desta forma, só há uma iniciativa a esperar – continuar o caminho desde 1833, data da fundação da Casa Carregosa, a entregar a nossa promessa base: manter o relacionamento com o cliente como foco de todas as nossas decisões”.
Catarina Caldeira Baguinho
Fonte: Briefing