Há um compromisso “sério” no propósito da EDP, garante o Paulo

“A responsabilidade social da EDP traduz um compromisso sério com os valores da empresa, essenciais para reforçar a ligação com a sociedade. É dos valores que defendemos que nasce esta vontade de ajudar no combate à pandemia em diversas frentes”. É este o fio condutor da intervenção da empresa, nas palavras do diretor Global de Marca, Marketing e Comunicação, Paulo Campos Costa.

 

A EDP percebeu “desde cedo” que teria de ter um papel ativo no combate à pandemia. E, segundo Paulo Campos Costa, à medida que foi identificando os problemas, foi encontrando formas de ajudar a resolvê-los na tentativa de menorizar o seu impacto. “Começámos por garantir a segurança dos nossos colaboradores e, a partir daí, desenvolvemos um conjunto de iniciativas que passaram pelo apoio a clientes, fornecedores e profissionais de saúde, com a oferta de equipamentos médicos e de proteção individual a hospitais e equipas que estão na linha da frente do combate à Covid-19”, enquadra.

O apoio a clientes foi guiado pela perceção das “dificuldades provocadas pelo forte impacto que este vírus teve na vida das pessoas”, desde logo porque milhares de empresas despediram ou colocaram os seus trabalhadores em regime de lay-off, o que afetou significativamente os seus rendimentos mensais. “Temos consciência de que há várias famílias a passar dificuldades e a forma que encontrámos de as ajudar foi suspender todos os cortes de energia desde o início da pandemia”, indica, notando ainda a possibilidade de flexibilizar o prazo e modo de pagamento das faturas, sem juros, sempre que seja manifestada essa necessidade.

Também os fornecedores foram alvo da intervenção do grupo, por via da antecipação, em abril, do pagamento de mais de 30 milhões de euros a cerca de 1.200 empresas. O objetivo foi garantir que essas empresas têm liquidez para pagar salários e manter a sua atividade, assim como os postos de trabalho.
Quanto ao apoio à sociedade, Paulo Campos Costa contextualiza que o entendimento da EDP foi de que “teria de haver um esforço coletivo por parte das empresas e isso passa por apoiar quem está na linha da frente, em especial os hospitais, as equipas médicas e os profissionais de saúde que estão no terreno”. Nesse sentido, a EDP e a China Three Gorges (CTG), em coordenação com o Ministério da Saúde e com o apoio da Embaixada de Portugal em Pequim, adquiriram 50 ventiladores e 200 monitores médicos, bem como respetivos consumíveis e equipamentos de suporte, num total de cerca de quatro milhões de euros. Esta foi – destaca – “uma das primeiras entre as múltiplas iniciativas promovidas pela empresa que se veio a revelar essencial no tratamento de pacientes afetados pela Covid-19”. Adicionalmente, adquiriu 500 mil artigos de proteção individual para profissionais de saúde, os quais foram distribuídos pelas cinco Administrações Regionais de Saúde, de acordo com as necessidades de cada zona e de cada unidade hospitalar.

Esta pandemia desencadeou na sociedade um esforço de inovação, no desenvolvimento de soluções várias. De acordo com o diretor Global de Marca, Marketing e Comunicação, a empresa quer ser parte ativa e integrante na resolução do problema e, nesse sentido, associou-se a algumas iniciativas que estão a trabalhar em soluções inovadoras na área da saúde. É o caso da Fundação Calouste Gulbenkian, para a qual contribuiu com 100 mil euros destinados ao financiamento de plataformas e aplicações digitais de implementação rápida que favoreçam a promoção da saúde pública e a mitigação dos efeitos da pandemia.

Com o mesmo objetivo, doou 250 mil euros ao CEiiA (Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel) para apoiar o projeto Atena na produção descentralizada de um novo modelo de ventilador mecânico invasivo. Esta verba vai permitir produzir 100 unidades numa primeira fase. E, mais recentemente, canalizou 750 mil euros para o esforço de investigação de várias entidades europeias no desenvolvimento de uma vacina para o coronavírus.
Paulo Campos Costa acredita que o consumidor valoriza este compromisso das marcas, desde que sinta que as causas são merecedoras e se as marcas estiverem presentes de forma genuína. “Mas há um risco para as marcas que nem sempre é visível: quando uma marca assume uma causa, para além de parecer, tem de ser. Ou então corre o risco de ser percecionada como estando a aproveitar-se e a abusar da causa”, alerta, defendendo que a coerência é fundamental. “Uma marca que, historicamente, se associa a causas, terá maior credibilidade e será mais valorizada do que marcas em que esta associação é pontual. Uma marca que acredite nas causas que assume tem de arriscar, por um bem maior”.

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Terça-feira, 02 Junho 2020 11:31


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