Nasceu na rua do Coliseu do Porto, em 2013, como uma agência digital, com a ambição de aliar a tecnologia, a comunicação e a criatividade para, assim, colmatar necessidades apresentadas pelas marcas, com serviços desde a ativação digital ao marketing de performance e marketing relacional. Fora do “grande círculo de agências que existe em Lisboa”, a aposta explica-se pela vontade de posicionar a Legendary como “uma alternativa no mercado a norte”, o que, afirmam, só seria possível com uma oferta full-service. Também o funcionamento não é igual ao de “uma agência criativa comum, em que há alguém que dá a linha de orientação para as várias campanhas”. Em vez da figura de diretor criativo, os fundadores preferem “dar espaço à equipa” e acompanhar o trabalho de uma forma mais global.
Dois anos e uma mudança depois, decidiram apresentar-se ao mercado, quando a agência já exibia “alguma relevância”, tendo para isso contado com marcas como Worten, Parfois, Porto Editora, KIA Portugal, Fórum Aveiro, Dolce Vita e Sonae. “Tínhamos como objetivo ser a agência de referência no Porto e acreditamos que o alcançámos”.
Ao entrar na agência que agora ocupa o n.º 39 da Rua Augusto Rosa, uma ilustração de Andy Calabozo dá as boas-vindas. “Representa o espírito da Legendary”, referem. Apesar da existência de uma sala ocupada pela direção, a estrutura é open space e toda a equipa está em contacto. É por isso que a marca dos que ali habitam está por todo o espaço: “Somos caóticos e vivemos a mil, mas conseguimos que o escritório seja um reflexo da criatividade e irreverência que nos carateriza”. Uma maneira de estar que é transversal no tempo, com os fundadores a admitirem que ali estão sempre todos “na brincadeira”, embora toda a hora seja hora de criar. “Está sempre alguém a resolver um desafio e para estimular o ambiente criativo temos uma playlist colaborativa no Spotify com 50 horas de música”. E quando a melodia não resolve, há várias zonas “espalhadas” pelo escritório onde “a malta pode relaxar”. E, se mesmo assim, a criatividade tardar a aparecer, há sempre a vista das “várias janelas” para apreciar: “Além do nosso belo Porto, ainda conseguimos ver a Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia”.
Como há sempre uma exceção à regra, a da Legendary está na secretária dos fundadores, que é “a mais arrumada do escritório”. Ali pode-se tudo, principalmente “ter ideias”, sejam elas boas ou más. A única coisa proibida é apenas o uso dessa palavra…
“Já lhe restam poucas cordas e no máximo só foi usada para os acordes iniciais da “Seven Nation Army”, The White Stripes. A nossa guitarra merecia uma carreira mais digna e é por isso que lançamos o pedido: quem nos quiser visitar e mostrar o seu talento, é bem-vindo. Só tem de trazer as cordas”.
A Farrusca, o membro de quatro patas da equipa. “Toda a gente fica triste quando ela não vem trabalhar”.
A boneca insuflável também já faz parte da Legendary e está sempre presente no escritório.
“O Gato Chinês nunca teve pilhas, mas continua numa luta titânica para nos saudar todos os dias. Quando a Duracell quiser substituir os coelhos tem aqui a próxima personagem”.
“A campainha com o som mais irritante que uma das copywriters já escondeu 23634 vezes. Aparece sempre nos sítios mais inesperados”.
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