Durante os sucessivos confinamentos, muitas pessoas passaram longos períodos em casa e recorreram a “companheiros virtuais” para substituir a vida social que tinham. Este tipo de relações unilaterais ganharam uma forte influência sobre muitos utilizadores. Cerca de 71% dos inquiridos da Kaspersky afirmam que aprendem com os influenciadores que seguem, em áreas como saúde, hobbies, moda e notícias. Cerca de 23% dizem ser “dependentes” do conteúdo dos influenciadores e 10% afirma mesmo que tem uma sensação de ausência se não se envolver com os influenciadores, quer através de comentários aos posts (37%) ou de reações às suas stories (37%).
“The Social Dilemma” pretende alertar os utilizadores para os perigos das redes sociais e promover o uso “equilibrado e seguro” destas plataformas, num trabalho de campo que foi conduzido pela Opinium Research. A campanha dá o “pontapé de saída” em Portugal, através de um live no Instagram, entre a influenciadora Rita Serrano e a psicóloga Filipa Jardim da Silva, nesta quinta-feira, 18 de novembro, para debater os perigos, técnicos e psicológicos, das redes.
“As relações unilaterais ou parassociais – aquelas que se desenvolvem com qualquer personalidade mediática, real ou fictícia, e que percebemos como uma pessoa muito próxima de nós – continuam a crescer em todo o mundo”, é uma das conclusões da investigação global que contou com a participação de mais de 15 mil pessoas em 25 países. O estudo concluiu que quase metade (47%) dos utilizadores das redes sociais acreditam que os influenciadores que seguem lhes proporcionam uma forma de “fugir à realidade”, mais de um em cada cinco (21%) acredita que “podem ser amigos” dos influenciadores que seguem, e cerca de 22% chegaram ao ponto de enviar uma mensagem privada a um influenciador.