Post ou story?
Story! É mais espontâneo, imediato e direto.
A Jowee é…
Um sonho antigo, finalmente concretizado.
Associa-se a uma marca quando…
Os princípios da marca estão alinhados com os meus e me identifico com o produto/serviço a comunicar.
O que a motivou a começar a sua jornada como influenciadora digital?
Na altura em que estava a terminar o curso de Arquitetura, em 2010, fiz Erasmus em Itália e usei o Facebook como forma de partilhar a experiência com amigos e família. O que começou como algo simples rapidamente cresceu e em pouco tempo já mostrava não só momentos do dia a dia, mas também dicas dos lugares que visitava e até dos looks que usava. Essa partilha acabou por se tornar parte da minha rotina, mesmo depois de regressar a Portugal.
Em 2013, criei o meu primeiro projeto digital: o blogue “Cookies & Trends”. Era uma fase em que estar online significava ter um site, sem algoritmos ou fórmulas para crescer, apenas a vontade de explorar um território novo – embora as ferramentas fossem muito limitadas. Mais tarde, a transição para o Instagram foi gradual e natural. Cada plataforma traz desafios e oportunidades; e o Instagram acabou por se afirmar como a principal ferramenta de comunicação e de trabalho, de uma forma muito genuína e espontânea.
Qual foi a colaboração mais marcante até agora? E qual falta?
Duas colaborações que considero verdadeiramente marcantes foram com a Mercedes-Benz, através da Nasamotor – uma parceria que mantenho há vários anos com uma marca premium de enorme prestígio –; e com a Louis Vuitton, referência máxima no universo da moda e um marco muito especial no meu percurso. Claro que há ainda muitas colaborações que ambiciono alcançar, sobretudo no segmento da moda e da alta-costura. É essa vontade de continuar a evoluir e a conquistar novos patamares que me mantém motivada todos os dias.
Alguma vez recusou uma parceria por não se alinhar com os seus valores? Porquê?
Já recusei várias vezes, sim. Para mim, mais do que criar conteúdo, é fundamental transmitir mensagens com autenticidade, transparência e sentido crítico. Do outro lado, está uma comunidade que confia e se inspira no que partilho, por isso, se eu própria não me identifico com determinada marca ou produto, seja porque os nossos valores não estão alinhados ou porque o produto/serviço não cumpre o que promete, não faz sentido recomendá-lo à minha audiência.
Qual considera ser a maior responsabilidade de um influenciador digital?
É sermos conscientes do impacto que as nossas palavras e ações têm. Por isso, sinto que é um dever comunicar com filtro e ponderação, garantindo sempre autenticidade e transparência. No fundo, trata-se de usar a nossa voz de forma responsável, sabendo que podemos inspirar, motivar e até influenciar decisões da audiência que nos acompanha.
Já sentiu necessidade de “desligar” das redes sociais? Como o fez?
Já sim, aquela necessidade de desligar das redes sociais como quem tira férias. Confesso que não consegui a 100 %, mas ainda assim foi muito positivo. Optei por viajar em família, no pico do inverno, para um destino de calor. Foi uma altura estratégica, porque as marcas ainda não comunicam verão, e isso ajudou a não cair na tentação de ceder e levar trabalho comigo. Acabei por conseguir aproveitar a pausa, apenas pegava no telemóvel para registar os melhores momentos em família – o WhatsApp e o e-mail não permitiram desligar a 100 %, até porque temos uma marca de roupa e temos de estar sempre contactáveis.
O que faz para manter a criatividade e inovar nos conteúdos?
Digamos que, para mim, a criatividade se alimenta da minha curiosidade e de novas experiências. Ou seja, passa por procurar inspiração em diferentes áreas, desde a arte à arquitetura e, claro, passando pela moda. Gosto de estar atenta ao que me rodeia, gosto de observar tendências e deixar-me inspirar, procurando sempre adaptar essas referências à minha identidade e à minha forma de comunicar, para que cada conteúdo seja não só inovador, como genuíno. As viagens também são uma forte fonte de inspiração… No fundo, a chave é não me limitar a seguir tendências, mas interpretá-las de forma original.