Desenvolvido em nove países – Alemanha, Brasil, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido – o estudo envolveu 11 mil utilizadores de internet. E concluiu que 20 por cento dos leitores entre os 25 e os 34 anos estão disponíveis para pagar notícias em suportes digitais, por comparação com 10 por cento dos indivíduos com mais de 55 anos.
Contudo, apenas cinco por cento dos inquiridos disse ter pago por informação digital na semana anterior ao inquérito, contra metade que havia comprado um jornal impresso no mesmo período. Uma diferença que os autores do estudo justificam com o facto de a maioria dos jornais não cobrar pelo acesso a notícias, embora estejam a emergir formatos que combinam paywalls, com assinaturas digitais e aplicações pagas.
Embora a base seja baixa, cresceu o número de pessoas disponível a pagar notícias em suportes digitais face ao inquérito anterior do Instituto Reuters – no Reino Unido e em França, por exemplo, esse crescimento foi de cinco por cento.
Nos Estados Unidos são os utilizadores de tablets e smartphones os que estão mais recetivos ao pagamento de conteúdos – são quase o dobro dos que apresentam a mesma disposição mas não usam aqueles gadgets.
Todos os quatro países que entraram pela primeira vez no estudo revelam percentagens mais elevadas de pessoas que pagaram por conteúdos no último ano – aqueles onde a tendência é maior são o Brasil, com 24 por cento, e Itália, com 21 por cento.
E dos que ainda não pagam, mais de um em dez inquiridos (14 por cento, em média) admitiram ser provável vir a fazê-lo, número que dispara para os 58 por cento no Brasil.
Fonte: Digital News Report 2013