Assumindo-se como o único programa do país de literacia para a publicidade nos diferentes media, o Media Smart cumpre agora três anos em Portugal e está já presente em 41 por cento das escolas nacionais do 1.º e 2.º ciclos.
Durante os dois dias de congresso serão debatidos diferentes projectos relacionados com o uso dos media e o seu impacto na sociedade. Neste contexto, o Media Smart será uma das iniciativas em destaque, uma vez que foca uma área com especial relevância – o marketing e a publicidade dirigidos a crianças.
No dia 25, pelas 17h30, tem lugar o workshop do Media Smart Portugal, subordinado ao tema “Educação para a Publicidade”, dinamizado por Manuela Botelho, secretária-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN), e Luísa Agante, especialista em marketing infantil e consultora do Media Smart.
O workshop será centrado na forma como se pode dar uma aula Media Smart, com o objectivo de demonstrar como é que os exercícios contribuem para o aumento da literacia face à publicidade, e como ensinam as crianças a desconstruir as mensagens publicitárias, dando-lhes as competências necessárias para se tornarem cidadãos mais bem preparados para fazerem escolhas informadas.
Comissão Europeia reconhece Media Smart
Por sua vez, a Comissão Europeia manifestou-se recentemente sobre o programa Media Smart, que é, por si só, uma primeira resposta concreta e efectiva à recomendação lançada em 2009, de incentivo à criação de programas de literacia para os media. A literacia mediática é, assim, considerada no seio europeu uma “condição essencial” para o exercício de uma “cidadania activa e plena”, que deve por isso ser estimulada.
Para além desta vertente pioneira do Media Smart, Manuela Botelho, secretária-geral da APAN, destaca também o desempenho que o programa tem tido em Portugal: “Os materiais disponibilizados gratuitamente pelo Media Smart, já foram solicitados por 41 por cento das escolas e queremos continuar a crescer. Para além disso, o retorno dos professores e da comunidade educativa nas oficinas de formação contínua que temos realizado tem sido muito positivo”.
A responsável afirma ainda que é “imperativo e fundamental” que se invista mais na criação de programas de literacia para os media, como forma de “contribuir para uma sociedade mais informada e preparada para compreender e interpretar a comunicação, assim como a sua relevância no contexto social e económico”.
Fonte: LPM