Modelo de negócio na Internet é o maior desafio para os próximos anos

internet_generico_p.jpg
A presença do negócio dos media na Internet e a forma de rentabilizar os conteúdos na web é o maior desafio da comunicação social para os próximos anos, defenderam hoje responsáveis do sector numa conferência em Lisboa.

A respeito dos dez anos da SIC Notícias, a estação organizou uma
conferência em Lisboa que reuniu diversos intervenientes do sector da
comunicação social em Portugal, bem como o editor de política da estação
britânica Sky News, Adam Boulton.

A sessão, que arrancou com um discurso do presidente da Impresa,
Francisco Pinto Balsemão, terminou com um debate moderado pelos
jornalistas da SIC Notícias Mário Crespo e Martim Cabral, e com
intervenções do director geral da SIC, Luís Marques, do deputado do PSD e
comentador na SIC Notícias José Pacheco Pereira, e de Adam Boulton.

A “rentabilização da venda dos conteúdos”, defendida por Balsemão no
começo da sessão, dominou o debate entre os responsáveis do sector, com
Pacheco Pereira a sublinhar exemplos positivos em aplicações para
dispositivos como o iPad ou música adquirida pela loja virtual iTunes,
bem como plataformas de crédito virtuais como o PayPal, importante em
sectores “como a pornografia”.

Num tom coloquial, Pacheco Pereira disse mesmo que “há muito a aprender
com [o negócio da] a pornografia” na internet.

As aplicações para dispositivos móveis foram também destacadas por
Balsemão, que reconheceu estar aí um caminho para as empresas de
comunicação social.

“Seja como for, a batalha está longe da vitória, mas vamos vencê-la”,
disse.

“Exemplos positivos” de que a Impresa está a avançar no “bom caminho são
o êxito relativo das assinaturas online” e a “venda das aplicações da
Visão e da Caras, as primeiras do grupo com edições exclusivas para
iPad, que obtiveram boa receptividade dos anunciantes, sublinhou Pinto
Balsemão.

“O caminho a percorrer ainda é longo. Como noutras alturas, estamos a
procurar calcorreá-lo à frente dos outros, sem pioneirismos suicidas,
mas conscientes de que, se não o fizermos a tempo, sofreremos as
consequências”, reforçou.

O diretor geral da SIC, Luís Marques, focou a sua intervenção na
“sofisticação das fontes de informação” que, sublinha, existe
actualmente, por contraponto com outras décadas.

“A comunicação é um bem vital e escasso” e as empresas aperceberam-se
disso, defendeu Luís Marques, que vê neste cenário um novo paradigma de
fazer jornalismo.

“A notícia hoje chega ao jornalista, o jornalista não tem de a
procurar”, disse.

Fonte: Lusa

Sexta-feira, 07 Janeiro 2011 18:09


PUB