Na Postalfree não há zappings, pré-gravações ou reações alérgicas à publicidade

Sofia Pinto-Coelho, diretora-geral da PostalfreeUma forma de publicidade não intrusiva, com um “toque vintage” e gratuita.    São estas as características do Postalfree, um conceito importado de    Barcelona, e que já conta com 500 pontos de distribuição em Portugal. A  diretora-geral, Sofia Pinto-Coelho, explica as vantagens do postal enquanto  suporte publicitário para as marcas, numa era dominada pelo digital.

Briefing | O que levou à importação do conceito da Postalfree?

Sofia Pinto-Coelho | Observámos que era um meio de comunicação não intrusivo, ao qual os consumidores se aproximavam voluntariamente. Notámos que com a Postalfree não há desperdício de recursos. De facto não se retira um postal para o ir deitar fora.

Briefing | Qual a estratégia adotada pela Postalfree?

SPC | Estamos onde os clientes não estão, a qualquer hora, onde o target se diverte, trabalha ou estuda, e de forma bastante destacada. Somos grátis para o público-alvo, algo a que este já não está habituado.

Briefing | Como tem sido a resposta das marcas e instituições a esta forma de publicidade?

SPC | Tem sido positiva. Todos adoram os seus postalfree e as marcas que investem numa boa criatividade, adaptada ao formato postal, são as maiores fãs.

Briefing | Até ao momento, quantas marcas e instituições têm associadas ao projeto? Pode dar exemplos de marcas?

SPC | Muitas, milhares… em 15 anos, seria natural. Desde a área dos Eventos e Espetáculos, às Bebidas e Alimentação, Medicamentos, Automóveis, Telecomunicações, entre muitos outros destaco a Nestlé, a Unilever, a Vodafone, a Peugeot, o nosso Licor Beirão, muitas Câmaras Municipais, a Gulbenkian, a Culturgest, o CCB, Teatros, a Assembleia da República, entre muitos outros.

Briefing | E de que forma é que a Postalfree garante visibilidade para as marcas, quando consideramos métodos “tradicionais”, como a televisão e a imprensa, ou até mesmo de novas ferramentas, como o online?

SPC | A Postalfree não implica estar sentado à frente de um ecrã. É um suporte dinâmico que acompanha o público nos seus percursos e momentos de lazer, daí estar associado ao bem-estar. Com os postais não há zappings, pré-gravações ou outras reações alérgicas à excessiva carga de informação/poluição que contamina até o online de hoje em dia. Um postal é atraente, atrai o alvo, e é levado.

Briefing | Quais as mais-valias dos postais na era do digital?

SPC | No online já não é fácil chegar ao consumidor, penso que por isso mesmo houve mercado para surgirem imensas agências especializadas em marketing digital. Usar o nosso suporte de comunicação que, para além de económico, é especialmente vocacionado para um determinado segmento, parece-nos ideal para apoiar offline campanhas 2.0 dirigidas a esse mesmo segmento. Os postais são palpáveis. Ninguém imprime do online, enquanto o postal retirado do expositor é a seguir colocado, e partilhado, em locais de visibilidade, perpetuando a mensagem PUB nele contida e reduzindo ainda mais o custo por contacto. Diria que atualmente até é dos melhores meios de apoio offline de campanhas e de lojas online. O IKEA costuma fazer campanhas connosco.

Briefing | A nível económico, que custos tem a produção de uma campanha Postalfree para as marcas?

SPC | O custo da reserva de rede de expositores Postalfree varia conforme a abrangência que o cliente pretende para a sua campanha. A marca cliente pode selecionar as cidades e os circuitos da rede Postalfree onde quer estar presente, direcionando a comunicação ao seu target.

Briefing | E os consumidores? Há retorno do trabalho desenvolvido pela Postalfree?

SPC | De facto sim. Os inúmeros consumidores que nos contactavam levaram-nos a fundar um clube de colecionismo. Por uma questão de facilidade e moda a sua sede é no Facebook. O facto de os clientes optarem pelo nosso suporte com assiduidade permite-nos concluir que o retorno é constante.

Briefing | Que instrumentos utilizam para garantir que este tipo de publicidade chega ao target pretendido pelas marcas?

SPC | A Rede Postalfree está segmentada em 4 circuitos. Esta segmentação permite à marca escolher os circuitos que melhor se adaptam ao seu objetivo de comunicação e ao seu público-alvo. O circuito Ócio é composto pelos Bares, Discotecas e Cafés. O circuito Plus inclui Teatros, Restaurantes e Locais culturais. A Rede Ensino engloba Universidades, Escolas e Institutos Superiores. E temos um circuito Cinemas. A equipa de distribuidores Postalfree visita os locais com frequência para efetuar a manutenção e reposição dos postais nos expositores. A manutenção inclui a retirada de publicidades parasita, de entidades que por uma razão ou outra tentam usar a rede Postalfree sem fazer a sua reserva prévia. Vão para a reciclagem e contactamos os responsáveis alertando para o sucedido. A regular visita garante assim que o cliente obtém aquilo por que pagou: uma exposição real, de qualidade, num espaço exclusivamente da marca cliente.

Briefing | Atualmente estão disponíveis em 500 estabelecimentos nacionais. Vão alargar o serviço a outros pontos do país?

SPC | Estamos sempre em constante evolução. Depende do mercado: dos clientes e dos consumidores. A nossa dinâmica acompanha-os.

Briefing | No ano em que a Postalfree comemora 15 anos de vida, que balanço faz?

SPC | 15 anos de atividade demonstram bem que, embora hoje os postais tenham o seu quê de “Vintage”, a Postalfree não cristalizou no tempo e temo-nos adaptado aos objetivos das marcas de forma positiva.

rs@briefing.pt 

Segunda-feira, 30 Março 2015 12:17


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