Neutralidade carbónica em 2039

Luxo e sustentabilidade. Eis a combinação que sustenta a Mercedes-Benz, que afirma estar comprometida em se tornar 100 % elétrica na divisão Cars até 2030 e net carbon-neutral até 2039.

Neutralidade carbónica em 2039

“O luxo e a sustentabilidade estão no centro da estratégia da Mercedes-Benz”, começa por dizer o diretor de Marketing da Mercedes-Benz, Jorge Aguiar. O objetivo da marca é, até 2039, alcançar uma frota net carbon-neutral ao longo de todo o ciclo de vida dos novos automóveis. Antes, até 2030, o propósito consiste na redução pelo menos para metade das emissões de CO₂ por automóvel ao longo do seu ciclo de vida, em comparação com os níveis de 2020. Como? Através da: eletrificação da frota de automóveis; carregamento com energia verde; melhorar a tecnologia das baterias; uso extensivo de materiais reciclados; e energias renováveis na produção, revela.

É no purpose design, na utilização de materiais sustentáveis, na produção com recurso a energias renováveis, na economia circular, no carregamento com energia verde e na reciclagem de baterias que assenta a estratégia da marca neste domínio. Uma estratégia que se materializa num design de produto sustentável já em fase de desenvolvimento. Além disso, desde 2022 que toda a produção de automóveis feita nas fábricas próprias da Mercedes-Benz é net carbon-neutral e, desde o ano passado, tem uma rede de carregamento global e green charging em mais de 1,1 milhões de pontos em todo o mundo.

“O carregamento com eletricidade proveniente de fontes renováveis é um fator essencial para reduzir as emissões de CO₂ no ciclo de vida de um automóvel”, comenta.

A Mercedes-Benz começou em 2023 com o estabelecimento da sua própria rede global de carregamento com mais de dez mil carregadores de alta potência na América do Norte, Europa, China e outros mercados principais.

“O Mercedes-Benz Electric Intelligence Navigation facilita a vida otimizando automaticamente o planeamento de rotas, incorporando os melhores pontos de carregamento e reservando espaços com antecedência”, nota, adiantando que existe a remanufactura de peças usadas e baterias defeituosas para uso posterior em novos automóveis, assim como a reutilização de peças originais de carros desmontados. Acresce que as baterias que já não são adequadas para utilização em automóveis encontram uma segunda vida útil em sistemas estacionários de armazenamento de energia e que são recicladas todas as peças que já não podem ser reutilizadas.

A Mercedes-Benz está a construir na Alemanha a sua própria fábrica de reciclagem de baterias com taxas de recuperação de mais de 96%. Está também a fechar o ciclo de materiais recicláveis com parceiros de alta tecnologia para reciclagem de baterias na China e nos EUA. Planeia ainda adquirir anualmente mais de 200 mil toneladas de aço europeu com emissões reduzidas de CO₂.

Segundo Jorge Aguiar, a Mercedes-Benz vai colaborar com a Hydro, um produtor norueguês de alumínio, para reduzir significativamente as emissões de CO₂ resultantes da produção de peças em alumínio na cadeia de fornecimento. Já as fábricas de maior dimensão são capazes de produzir veículos elétricos e estão atualmente a fabricar seis modelos totalmente elétricos. “O desenvolvimento de baterias é um fator importante na estratégia de eletrificação da Mercedes-Benz. O EQS marca o lançamento de uma nova geração de baterias desenvolvidas internamente”, revela. O objetivo – explica – é poder dispensar totalmente materiais como o cobalto através da utilização de tecnologias inovadoras de pós-iões de lítio.

“A sustentabilidade é o presente e o futuro e acreditamos que deve ser tida em conta por todos os setores de atividade, não sendo o setor automóvel uma exceção, pelo contrário. Queremos ser um exemplo para todas as marcas automóveis neste sentido e estamos a caminhar para isso”, finaliza.

Terça-feira, 09 Abril 2024 10:27


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