A inclusão de Ana Sousa Dias na direcção do JN em Lisboa prende-se, segundo Manuel Tavares, com o manifesto interesse que este diário do grupo Controlinveste pretende dedicar aos assuntos e conteúdos relacionados com todo o país, ainda que a aposta seja consolidar o título como “marca popular e de qualidade”, apostando numa “relação de proximidade” com a população do norte.
Manuel Tavares fez ainda saber que assumirá, quando tomar posse como director do JN, um “compromisso público” com os leitores, com a redacção do diário e com a administração da Controlinveste. O respeito pelo “perfil” do JN é já, no entanto, um objectivo claro que se estende a todos os produtos editoriais do título e às áreas comerciais e de marketing.
Mudança de grafismo está nos planos
Com a nova direcção, o jornal prepara-se ainda para mudar o grafismo e para criar um “conselho editorial” de figuras da região norte, anunciou o futuro director, Manuel Tavares.
Até Setembro vai ser posta em marcha uma “reforma gráfica” para adequar o estilo visual da publicação ao carácter “popular e de qualidade” que o futuro director quer vir a explicitar, publica o Sol.
Além destas mudanças, será constituído um “conselho editorial”, “com um conjunto de pessoas do norte que não carecem de legenda”, salienta Manuel Tavares.
Este grupo de figuras vai existir, em parte, para “sugerir e interpretar algumas causas” que o jornal pretende adoptar, numa reflexão dessa ideia de publicação “popular de qualidade”.
O futuro director do JN não acredita que a relação com a Câmara Municipal do Porto possa vir a ser complicada por estas tomadas de posição que pretende assumir: “venho de um jornal desportivo. Nunca tive queixas de nenhuma direcção, de nenhum presidente, de nenhum clube dos três grandes, que são relações sensíveis. Tem a ver com bom senso e respeito mútuo”.
Já quanto ao objectivo de uma direcção alargada, o futuro responsável pelo jornal explica: “controlar por inteiro a concepção, execução e a qualidade da edição diária; participar e, de alguma maneira, alinhar tanto quanto possível os outros produtos que distribuímos com a concepção que nós temos de jornal”.
Ainda em relação à escolha da jornalista Ana Sousa Dias, até agora editora de Cultura na agência Lusa, o futuro director do JN classifica-a como “uma presença luminosa do JN em Lisboa”.
Fonte: JN Sol