Nova página da Sociedade de Matemática desperta “matemático em cada um de nós”

Porto, 10 jan (Lusa) – Dentro de cada um “está um matemático que é
preciso descobrir” e necessita de ferramentas como a nova página de
internet do Clube de Matemática, cuja finalidade é mostrar como esta
ciência “está em tudo o que nos rodeia”.


A matemática é utilizada
consciente ou inconscientemente em qualquer atividade do quotidiano,
desde o tempo que se pensa demorar num determinado trajeto, os “trocos”
do café, uma operação nas caixas de multibanco e até mesmo as táticas de
futebol.

Carlos Marinho, coordenador geral do Clube da Sociedade
Portuguesa de Matemática, defende esta tese e explicou à Agência Lusa a
reformulação da página de internet da instituição (www.clube.spm.pt).

“É
um relançamento. O ‘site’ já existe desde 2007 e está agora mais
moderno, dinâmico e com a finalidade de ser uma ferramenta importante
para quem gosta de matemática e mesmo para quem não gosta”, anunciou.

Enquanto
ferramenta, esta página “não serve para trabalhar fórmulas matemáticas”
ou fazer cálculos com equações impossíveis, mas para “pensar” em todas
as finalidades da matemática.

É que esta ciência, também conhecida
como ‘bicho papão’ de muitos alunos portugueses, apesar de abstrata, é
usada no dia-a-dia até de treinadores de futebol como Domingos
Paciência, do Sporting de Braga, já entrevistado pelo Clube de
Matemática sobre esta temática.

As entrevistas ‘matemáticas’ a
figuras públicas são mesmo uma das apostas desta nova plataforma de
comunicação, bem como o livro que está a ser escrito online por seis
matemáticos, as anedotas, o espaço para as ‘Viagens na Minha
Matemática’, as competições e os ‘Passatempos em Exercício’.

A
página pretende ainda ser uma ferramenta para professores, pais e
alunos, dando “um pequeno contributo” no sentido de os pôr a “pensar em
matemática” que é a “alma mater das ciências”.

Para o matemático,
as dificuldades dos alunos portugueses com esta disciplina poderiam ser
ultrapassadas com uma maior prática de cálculo, defendendo que primeiro
deveriam “saber mecanizar” e que no ensino primário “a tabuada é a coisa
mais importante”.

 “Há um matemático em cada um de nós que é
preciso descobrir”, concluiu Carlos Marinho.

LYL.

*** Este
texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico ***

Lusa/fim

Segunda-feira, 10 Janeiro 2011 18:30


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