Briefing | O que é a marca Novabase?
Nelson Teodoro | É uma marca de orgulho nacional. Pertence à empresa Novabase e tem uma história de 28 anos de sucessos.
Que atributos caracterizam a marca?
Esse é um trabalho que estamos a fazer neste momento, estamos a estudar o posicionamento da marca, mas uma das características que é certa é a credibilidade.
A Novabase esteve e está na transformação digital do país e, portanto, a credibilidade é um dos principais pontos a associar à marca com mais ênfase no futuro. A Novabase está em transformação. No ano passado, houve a venda do negócio de infraestruturas e, neste momento, estamos a transformar a empresa em termos de organização para o mercado. E faz todo o sentido fazer uma análise do posicionamento da marca.
As áreas de atividade da empresa estão a mudar?
Estamos organizados por indústrias: serviços públicos, transportes, serviços financeiros, energia e telecomunicações. E há duas componentes que são transversais: neotalent e o novo braço de investimento e capital.
A transformação tem a ver com o nosso foco na internacionalização. Até agora focou-se na criação de operações num conjunto de países, onde abrimos escritórios. Daqui para a frente, o foco será por negócios. Serão as áreas de indústria a definir onde é que queremos estar e como vamos estar, numa lógica mais de produto/oferta do que de abrir escritório e criar operação.
É uma mudança grande. O foco institucional de reputação passa a ser a produtização, numa lógica de, mais do que apresentar a empresa, apresentar os nossos produtos.
Nessa lógica, é um desafio, em termos de marca, dar coerência a produtos diferenciados?
Sim. Estamos a trabalhar a estratégia verbal da marca, desde a arquitetura à definição em termos de coerência de comunicação, para, no primeiro trimestre de 2018, implementar toda a parte visual. O nosso grande foco e o grande desafio é ter uma marca global para uma empresa global, com um investimento grande nos canais digitais. Não que seja o canal digital que vai vender os produtos da Novabase, mas vai dar credibilidade.
Durante 2017 decorreram dois grandes outputs: a definição da estratégia verbal da marca e dar um maior impacto e coerência aos vários negócios e produtos, de várias lideranças. Devemos lançar estas mudanças no primeiro trimestre, quer em termos de ativação do posicionamento, quer destes trabalhos das ofertas.
O que está na origem da mudança de estratégia da marca direcionada para produtos?
Tem a ver com o objetivo global de crescimento. Qualquer pessoa, quer no marketing, quer nos negócios, adoraria ter os bolsos fundos para ir para todos os países, ou montar operação em todos os países da Europa, mas isso não é viável.
Não tendo bolsos fundos e, na lógica de gestão de recursos, pareceu-nos que esta será a melhor estratégia para a globalização da empresa.
Qual é o peso do negócio internacional atualmente?
Sessenta por cento do negócio da Novabase é feito fora de Portugal.
E é um número que querem aumentar?
Sim. Enquanto português gostaria de triplicar o volume e não me importaria de diminuir essa percentagem, mas isso significaria que o mercado português cresceria bastante.
O objetivo é crescer no negócio que é feito fora de Portugal e tornar a Novabase numa marca global. Já fazemos projetos em 35 países. Portanto, já é uma empresa global, mas queremos torná-la numa marca global. Não numa lógica de criar operações, mas de fazer projetos em vários países, rentabilizando o investimento que colocamos nos nossos produtos.
Quais os objetivos de marketing para 2018?
Será, essencialmente, concretizar o que definirmos em termos de posicionamento. 2018 é o ano da implementação. Alguns dos temas que tocam os valores e a cultura são de ação imediata, mas a concretização é ao longo do tempo, contínua, em 2019, 2020.
Esta entrevista pode ser lida na íntegra na edição impressa da Briefing.