O PMDESIGN vê o vintage com olhar atual

Sabemo-lo através das palavras do fundador e diretor criativo, Paulo Marcelo.

Paulo Marcelo

Projetos que se inspiram nas marcas portuguesas antigas, no design vintage e nos pioneiros da área são o core do PMDESIGN. O fundador e diretor criativo, Paulo Marcelo, acrescenta a visão contemporânea e minimalista como uma das características dessa metodologia de trabalho, que é a que distingue o estúdio.

São 14 anos de projetos de branding, museografia, exposições, sistemas gráficos para o espaço público e, mais recentemente, packaging. É assim no PMDESIGN, que deve o seu nome às iniciais do fundador e diretor criativo. “Quando fundei o estúdio em 2008 não associei, de forma direta, o meu nome à empresa. Entretanto, adquiriu mais notoriedade e ficou conhecida pela sua designação comercial, mas também pela minha ligação a ela”, explica Paulo Marcelo.

O seu core business é o design gráfico, em que cria identidades visuais de forma integrada, desde o naming – quando necessário – ao logótipo, bem como à sua aplicação em todos os suportes de comunicação. O trabalho do estúdio possui “características muito próprias”, uma vez que o desenvolvimento de cada projeto é antecedido de investigação. “Inspiramo-nos no trabalho de várias gerações de designers portugueses das décadas de 1940 a 1960. A essa inspiração, adicionamos a nossa visão contemporânea e minimalista”, conta Paulo Marcelo, adiantando que gostam de estudar as insígnias portuguesas antigas, analisando pormenorizadamente as suas embalagens, os anúncios publicitários e a maneira como interagiam com os seus públicos.

Esta tem sido, nos últimos anos, a metodologia do PMDESIGN: “Uma assumida e genuína inspiração no design vintage, nos pioneiros do design em Portugal e nas marcas portuguesas com história”. O diretor criativo considera que o método reflete um pouco a sua atividade paralela de docente universitário e investigador na área da história do design. 

Os clientes chegam ao estúdio por intermédio de outros clientes, o que é um “sinal de reconhecimento”. Cada desafio que vem é olhado de forma “muito atenta e especial”, porque é único e obriga a uma “total dedicação, aumentando a diferenciação e a qualidade do serviço prestado”. “Atendendo à nossa dimensão, não temos a veleidade de concorrer com as grandes agências de design, mas conseguimos oferecer aquilo outros não conseguem, experiência consolidada em áreas específicas e muita dedicação aos projetos”, afirma Paulo Marcelo, acrescentando que o objetivo é que os clientes se sintam satisfeitos e que esse é o “melhor trunfo” que têm.

Além da criação do rebranding do Europarque e da identidade visual das Aldeias de Portugal, o projeto “mais interessante” que, recentemente, tiveram em mãos foi o conjunto de embalagens para acondicionar a reedição das peças da linha “Palace Cerâmicas”, desenhadas para o hotel Madeira Palace, na década de 70, por Daciano da Costa – “um dos mais destacados autores do design português”. “Foi, sem dúvida, algo que nos deu muito prazer desenvolver”, revela Paulo Marcelo.

Neste momento, estão a trabalhar em projetos de branding e um de design expositivo para o Centro de Memórias da Indústria, em São João da Madeira. A par disso, estabeleceram contactos para iniciar novos trabalhos de índole cultural e institucional, e de packaging para a área dos vinhos e para reedições de antigos produtos com história.

Carolina Neves

Terça-feira, 28 Março 2023 12:31


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