Em comunicado enviado ao Briefing, o Porto Canal afirma que “desconhece
qualquer projecto de reformulação da estação com o intuito de a dedicar
exclusivamente ao desporto (e de acesso mediante pagamento), conforme
tem sido veiculado nos últimos dias pela Comunicação Social”.
Recorde-se que o Porto Canal estreou, em Setembro último, uma nova
grelha de programas e inaugurou, em Janeiro de 2011, novas delegações
regionais, o que, nas palavras de Juan Figueroa Boullosa, “confirma uma
aposta firme na consolidação do projecto. A intenção do Porto Canal é
aumentar e fidelizar audiências enquanto canal generalista, de vocação
regional e com uma informação ajustada aos interesses da região Norte”.
Juan Figueroa Boullosa acrescenta ainda que “não faria sentido investir
em novas infra-estruturas e meios tecnológicos, como as recém
inauguradas delegações regionais e a introdução do sistema LiveU
[tecnologia que permite transmitir sinal de vídeo e áudio através da
rede móvel simples], se a intenção fosse transformar o Porto Canal num
canal de desporto. Os investimentos que temos realizado, bem como a
programação que está no ar, demonstram uma vontade clara de consolidação
do actual projecto”, insiste o director-geral do Porto Canal.
Por outro lado, diz ainda, “o crescimento das audiências do Porto Canal
mostra que o caminho que está a ser seguido é o correcto. No actual
formato, o canal vai ao encontro das necessidades informativas e das
preferências televisivas da população nortenha, sendo ainda do interesse
de muitos telespectadores de fora da região”. Refira-se, a este
respeito, que um recente estudo realizado pela IPOM – Instituto de
Pesquisa de Opinião de Mercado comprova a elevada notabilidade do Porto
Canal nos distritos de Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila
Real, avança o canal, adiantando que numa amostra de 500 indivíduos
(universo de 3 004 428 indivíduos), 5,7% viram o Porto Canal no dia
anterior ao da realização da entrevista e 54,9% viram alguma vez o Porto
Canal, entre os inquiridos que recebem o sinal de televisão por cabo.
“Estes dados vêm dar razão à direcção do Porto Canal, que, em Outubro de
2010, decidiu abandonar o sistema de medição de audiências da Marktest
Audiometria. Os responsáveis da estação entenderam, então, que o painel
que afere as audiências televisivas em Portugal não reflectia a
realidade do Porto Canal, uma vez que o número de lares com audímetro
para mediar o share da estação era inferior a 50. Logo, era impossível
ter uma ideia real das audiências do canal”, sublinha o comunicado.
Por estas razões, Juan Figueroa Boullosa reitera que o Porto Canal vai
“reforçar o carácter de proximidade da sua informação e entretenimento”.
Trata-se “de cumprir a vontade dos accionistas do Porto Canal, que
desejam um aprofundamento da descentralização da nossa produção
televisiva. Queremos continuar a dar voz a concelhos menos mediáticos, a
promover o conhecimento do país, a discutir os problemas que
habitualmente não têm cobertura informativa”, sublinha o director-geral
do Porto Canal.
O Porto Canal iniciou as suas emissões no dia 29 de Setembro de 2006,
apresentando hoje uma grelha com 24 horas diárias de transmissão
televisiva. A sua programação aposta na informação de interesse
específico para os 14 concelhos que integram o Grande Porto, contando,
para tanto, com a colaboração de empresas, autarquias e instituições
relevantes desta área metropolitana. Recentemente, a chegada de Juan
Figueroa Boullosa à Direcção Geral do Canal representou um reforço do
controlo accionista da Media Luso, uma participada do grupo espanhol
Media Pro.
Fonte: Porto Canal