Portuguesa, com certeza. A Freakloset quer crescer nos EUA

É uma marca de calçado 100% portuguesa, que reinventa clássicos icónicos. Os seus modelos são feitos à mão, minimalistas e personalizáveis.  Nasceu online e é lá que continua, não obstante apostar em algumas pop-up stores em mercados europeus. Para 2018, está de olho nos Estados Unidos. Eis a Freakloset.

 

Foi fundada em 2016 por Joana Lemos, uma jovem formada em Gestão e Administração de Empresas, com mestrados em Marketing e Design, que queria criar “um produto inédito, que se adaptasse a diferentes estilos e personalidades”. O primeiro esboço da Freakloset nasceu no âmbito da sua tese de mestrado e, depois de uma “rigorosa análise de mercado”, a designer decidiu avançar com o projeto. Procurou “os melhores materiais, o melhor processo de produção, os melhores fornecedores e o melhor design para garantir que apresentava um produto único, nacional, que primasse pela qualidade, detalhe, conforto e design”.

A Freakloset apresenta “modelos clássicos, icónicos e intemporais de calçado” com um “design minimal e único”, totalmente personalizáveis. “Não fazemos produção em massa. Tudo é feito por encomenda”, conta a fundadora e CEO, adiantando que os modelos são produzidos numa fábrica em São João da Madeira.

É uma marca para quem gosta de ser original e valoriza o conforto: “Ao contrário dos clientes que aderem ao fast fashion, o nosso tipo de cliente é aquele que prefere a qualidade, durabilidade e unicidade do produto e que não se importa de pagar um pouco mais por estas características”, afirma, salientando que “um dos pontos chave” dos sapatos é a construção e o acolchoamento com latex esponjoso, que os tornam “extremamente confortáveis”.

Em fevereiro de 2017 deu-se a conhecer ao mundo na London Fashion Week, a convite da Sibling: foi escolhida para calçar todos os modelos do desfile de apresentação da coleção outono/inverno da marca londrina, que personalizou cada par de sapatos, adaptando-os à coleção. Joana Lemos diz que “esta parceria teve um grande impacto para a entrada no mercado do Reino Unido, bem como para a expansão para outros mercados prioritários”.

Derby, Monk, Loafer, Chelsea Boot e Ankle Boot são os modelos de sapatos e botas disponíveis, aos quais se juntaram, recentemente, os Sneaker e Velcro Sneaker. São todos unissexo a nível de look, mas ergonomicamente diferentes se para homem ou mulher. Em breve, a marca vai reforçar a oferta: “Durante o ano de 2018 será lançado um conjunto de três botas e também novos sneakers”, anuncia a CEO. 

Toda a gama é personalizável, em minutos, online. Através de um sistema 3D, os clientes podem escolher a cor da pele (ou camurça), da sola e dos atacadores. A Freakloset disponibiliza também uma coleção fixa, que reúne uma série de combinações pré-definidas de acordo com as tendências de cada estação.

Joana Lemos conta que, até ao lançamento das sapatilhas, o modelo mais vendido era o Derby, uns sapatos, mas “a sapatilha superou as vendas do Derby e passou a ser o bestseller”. Acrescenta que, cada vez mais, os clientes estão a optar pela customização em vez da coleção fixa: “Acreditamos que a customização e a adequação dos produtos a cada cliente singular são o futuro das marcas”.

A marca foi criada a pensar no online e é lá que vai continuar. “Sendo que somos uma marca de personalização de calçado e o nosso software é online, o nosso foco desde o dia um foram as vendas online, que nos permitem chegar a qualquer parte do mundo e potenciar a personalização”, afirma Joana Lemos, adiantando que, apesar de não estar a pensar abrir espaços físicos, vai apostar em “algumas pop-up stores no Reino Unido, Holanda e Alemanha”.

Os objetivos da marca passam por “crescer no mercado europeu, mantendo como foco Portugal, Reino Unido, Holanda e Alemanha”, mas também crescer nos EUA, em 2018. É que a América é um mercado onde a Freakloset tem tido “bastante crescimento orgânico sem grandes investimentos em Marketing”. Onde também cresce saudavelmente é no norte da Europa: “No geral, notamos uma receção muito grande ao conceito da marca por parte dos países nórdicos, não tanto pelo unissexo, mas sim pelas cores e design simplista”, sublinha, referindo também um “aumento substancial” das vendas em Portugal desde o lançamento dos sneakers. “Nos últimos meses, 40% das nossas vendas foram a portugueses”.

 

Portuguesa, com certeza. A Freakloset quer crescer nos EUA

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Quinta-feira, 29 Março 2018 11:30


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