Iswari significa “deusa”, em sânscrito – uma língua ancestral do Nepal e da Índia. E é ela que norteia a marca e os seus princípios: saúde, saber e sabedoria. Estes valores orientam todas as atividades da insígnia e são partilhados e respeitados pelos fornecedores, pois – garante Thomas Reuter – apenas são adquiridos produtos a abastecedores “sustentáveis, e que respeitam a natureza, as pessoas e os ecossistemas”. Afinal, a Iswari está em “perfeita comunhão com a natureza”, sendo ela a sua maior “fornecedora”.
Foi em 2005 que o fundador da Iswari, Gonçalo Sardinha, resolveu largar (quase) tudo – menos a família – e rumar, com ela, até à Índia. Foram ficando em mosteiros, retribuindo o alojamento e a alimentação com pequenos trabalhos necessários para a comunidade. Thomas Reuter conta que, com o passar do tempo, foi-lhes introduzida, “lentamente”, a vida dos templos, “aprendendo hábitos novos como o ioga, a meditação ou diversos rituais alimentares”.
Em 2008, surgiu uma nova viagem em família: um retiro detox nos Estados Unidos.
Volvidos três meses, Gonçalo regressara a Portugal “entusiasmado com uma missão que agora lhe era muito clara: ensinar aos portugueses uma nova forma de alimentação, novas receitas, novos ingredientes e novas tendências”.
O profissional começou a dar workshops de culinária vegetariana e de culinária crua. Em apenas um ano, eram mais de 800 as pessoas que, habitualmente, frequentavam os seus cursos. O conceito era totalmente inovador.
“Foram exatamente estes ‘clientes’ os maiores responsáveis pelo impulso de criação da marca Iswari, pois tinham vontade de adquirir os produtos utilizados nos workshops, mas estes ainda não estavam a ser comercializados em Portugal”, explica o diretor-geral.
Gonçalo Sardinha criou, assim, os primeiros pacotes da marca, com design feito no computador de casa e embalados por si e pelo seu filho, para vender aos amigos.
Os best-seller são os pequenos-almoços “Despertar de Buda” e os superalimentos puros, como a spirulina, o açaí e a matcha.
Os produtos não possuem ingredientes nocivos para a saúde ou quaisquer derivados de animais, soja, leite, glúten e açúcares refinados. São testados pela Vegan Society Trademark; são orgânicos; sempre que possível provenientes de comércio justo – seleção rigorosa de produtos cuja origem é certificada –; e isentos de glúten, sendo certificados pela Associação Portuguesa de Celíacos (APC).
A marca opta por uma estratégia multicanal, acreditando que a consumer journey começa no digital. Thomas Reuter defende que “o consumidor está a mudar a sua consciência em relação à forma como se alimenta, e precisa de ajuda para mudar os comportamentos no dia a dia. Comer de forma saudável não é fácil, exige tempo, planeamento das refeições e disponibilidade mental para o fazer”.
Nesse sentido, propõe-se ajudar o consumidor a percorrer esse caminho, apostando quer na produção de conteúdos em vídeo, quer em degustações no ponto de venda. O intuito é promover a experimentação de produtos e diminuir, desta forma, eventuais barreiras de consumo.
Uma adesão “massiva” e um timing “perfeito”, num mercado onde eram os “únicos”. O diretor-geral da Iswari garante que essa originalidade ditou, desde logo, o “sucesso da marca”. Afinal, surgiu numa altura em que o consumidor começava, então, a despertar para as novas tendências de alimentação saudável, no entanto, a oferta que existia era ainda muito escassa.
A insígnia, a par com a originalidade do conceito, tem apostado em I&D (investigação e desenvolvimento) e inovação, razão pela qual lança, todos os anos, entre quatro a oito novos produtos e/ou categorias. “A qualidade dos produtos Iswari e os valores associados aos mesmos são, desde sempre, o maior fator de distinção da marca em todos os mercados onde opera e, por isso, a maior razão para o seu crescimento”, afirma Thomas Reuter.
Ademais, a equipa empenha-se no design e na imagem da insígnia, tornando-a altamente competitiva e linear, tanto a nível nacional como internacional. Além de Portugal, está presente em Espanha, França, Itália e Irlanda. E as perspetivas passam por continuar a apostar na inovação de produto, consolidar os mercados onde estão inseridos atualmente, e desenvolver novos negócios estratégicos na Europa e na Ásia.