A mesma fonte explicou que ainda não está decidido quantos dos 500
cortes previstos estão em Portugal, referindo que a negociação com os
sindicatos “acaba de começar” e que só deverá estar concluída até finais
de Fevereiro ou início de Março.
Em Portugal, a Prisa está presente através do grupo Media Capital, que
controla a TVI.
Segundo a fonte a Prisa procurará que os cortes se realizem através de
acordos de reformas antecipadas ou “baixas voluntárias” ou através da
fusão e externalização de serviços.
Como exemplo, refere o caso de um recente acordo com a Indra que vai
fornecer serviços à Prisa, recontratando empregados do grupo de media
que antes faziam esses serviços. “Procuraremos esse tipo de soluções”,
sublinhou.
Em comunicado, o grupo espanhol explica que o plano de redução de 18 por
cento no número de quadros afectará “todos os países e todas as áreas”
da Prisa, “não se descartando uma segunda fase” de cortes de empregos
fora de Espanha.
“O plano baseia-se numa análise exaustiva de cada uma das empresas do
grupo e pretende o correcto dimensionamento das equipas, a
racionalização dos recursos, a homogeneização e centralização dos
processo de natureza global”, explica o grupo.
Um processo que se insere nas mudanças que estão a ocorrer no sector dos
media e dos conteúdos e que “tornam necessária a transformação da Prisa
numa nova empresa, centrada não apenas na produção e distribuição de
conteúdos de língua espanhola e portuguesa” mas também no “conhecimento
de cada um dos seus grupos de interesse e no uso das novas tecnologias”.
Como tal a Prisa tem que “actualizar o seu modelo produtivo e de
negócio” para “garantir no futuro a sustentabilidade da empresa” com uma
“estrutura de custos adequada” e capaz de “competir com as empresas do
sector num mercado global”.
As alterações foram aprovadas na última reunião da Comissão Executiva da
Prisa.
A Prisa opera em 22 países, em rádio, televisão, imprensa e edições de
livros, designadamente escolares, estando também presente em Portugal
através da sua própria editora, Santillana, que integra as portuguesas
Constância Editores e Editora Objectiva.
Fonte: Lusa