A ideia de criar uma “cantina” saudável, trendy e cosmopolita foi de Maria Gray, mãe de cinco filhos e apaixonada por alimentação criativa. A inspiração veio das suas viagens e da perceção que a alimentação saudável era essencial para o seu bem-estar físico e emocional. Neste sentido, o Local conta com menus sem lactose, sem trigo e vegetarianos, pois “proteína de origem vegetal está sempre em vantagem”, mas também com opções de proteínas de origem animal, porque não há espaço para fundamentalismos. E o objetivo de criar este conceito também passou por aí: que se pudessem juntar, no mesmo local, vegetarianos e vegans, mas também pessoas que comem carne e peixe, não sendo obrigatório partilhar as mesmas filosofias a nível alimentar.
O horário alargado faz com que este seja um restaurante para “todas as horas”: dos pequenos-almoços saudáveis aos brunches, passando, claro, pelos almoços e jantares – sendo que a cozinha funciona até às 23:00.
Agora vamos à nossa experiência, ao almoço. Começamos pelas ostras – vindas da Ria Formosa, e seguimos para o Poke. O Local apresenta a possibilidade de criarmos o nosso Poke, mas decidimos não arriscar (embora tenhamos petiscado na mesma) e provamos duas opções já definidas: o Aloha, com atum abacate, pepino, cebola roxa e crocante, noz macadâmia, arroz sushi e molho clássico, e o Surf, à base de salmão, atum, manga, abacate, edamame, pepino, cebola crocante, malagueta, arroz sushi e molho clássico.
Depois desta viagem sensorial pela comida do Havai, deixamos o continente americano e passamos para o asiático. Comemos Camarão no Wok com noodles e legumes asiáticos; e provamos um Caril Thai vermelho de frango com arroz integral, espinafres e… picante – muito picante, que nos fez beber quase um copo de sumo natural de laranja e cenoura, para aliviar.
Para finalizar, no meio das muitas opções da carta das sobremesas, optamos pela mousse de abacate e cacau com morangos e mel. Doce, doce, doce, muito doce. Era assim a nossa sobremesa – percebe-se pelos ingredientes – mas foi a chave de ouro para “fecharmos” a refeição.
Além da gastronomia, confessamos que também nos deixamos conquistar pela decoração: chamaram-nos a atenção a palavra Local – que surge através de luzes, colocadas sobre um fundo de plantas verdes – e as oliveiras – que, integradas na decoração do espaço, criam a sensação de proximidade com os produtos. Sabem aqueles espaços que pedem uma fotografia? Este é um deles. Também a decoração passa a mensagem do Local, que se orgulha de trabalhar com fornecedores e produtores locais.