Público corta no pessoal

Público corta no pessoal

A administração do jornal Público decidiu reduzir os custos com o pessoal, bem como os custos gerais, como resposta ao impacto da conjunta económica actual nos resultados da empresa.

 

 

Assim, a empresa deu início a um processo de lay-off, que implica a suspensão temporária de contratos de trabalho – segundo a Sonaecom, serão abrangidos “alguns dos colaboradores que ocupam funções menos prioritárias para o jornal”.

Além disso, serão celebrados acordos visando a alteração da modalidade de isenção do horário de trabalho e a redução do horário para as pessoas que não tenham isenção, num processo semelhante ao que ocorreu em 2009.

Em comunicado, a Sonaecom, detentora do título, afirma que estas medidas são “temporárias e pretendem assegurar a viabilidade da empresa e a manutenção dos postos de trabalho”.

Em entrevista à edição impressa do Briefing de Setembro, o administrador do Público Pedro Nunes Pedro reconheceu que o jornal é uma operação deficitária: “Este produto é caro. Aliás, é caro por ser este produto”.

“É um excelente produto. Está numa fase complicada, como todos os jornais de referência, porque precisa de um equilíbrio entre a venda de publicidade e a venda em banca. Um jornal de referência nunca será um jornal de grande venda em banca, por razões óbvias, porque não somos tão sensacionalistas nas notícias. Por isso, está sempre dependente deste equilíbrio de receitas. Mas as variáveis do modelo de negócio alteraram-se. A venda em banca baixou claramente e a publicidade no papel também está em queda. E não podemos aumentar o preço”, sustentou.

Ainda assim disse acreditar que a Sonae manterá a aposta no jornal: “Penso que, enquanto a Sonae acreditar que é um bom produto, que a sociedade reconhece, não deixará cair o Público”.

Fonte: Sonaecom e Briefing

Terça-feira, 29 Novembro 2011 11:33


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