Renault premeia talentos universitários

Renault premeia talentos universitários

A Renault lançou, no ano lectivo 2010/2011, um desafio dirigido a todos os alunos do ensino universitário: o “Building the Wheels of the Future”. O concurso contou com o apoio da Premivalor, empresa liderada por um professor universitário, que muito contribuiu para “o sucesso da iniciativa”, que se vai “repetir já este ano lectivo”, revelou Ricardo Oliveira, director de comunicação e imagem da Renault.

O intuito do concurso era “premiar as vertentes académicas e científicas dos trabalhos apresentados pelos grupos” que participassem na iniciativa, revela a marca. A ideia surgiu por a Renault considerar o veículo eléctrico “um simples modo de propulsão”, algo que tem o “potencial para revolucionar a forma como se encara a mobilidade individual e, por isso, abre campo para uma nova abordagem do automóvel”, avançou Ricardo Oliveira. Por isso, a insígnia decidiu abrir “o campo de reflexão a entidades exteriores ao universo automóvel, nomeadamente, às universidades”, explicou, ao Briefing, Ricardo Oliveira.

A escolha do target é simples. “O sector automóvel hoje não escapa a algumas das principais preocupações com que convivemos diariamente: questões ambientais, económicas, tecnológicas. Pensamos que a população universitária possui os requisitos para abordar estas questões de forma integrada”, referiu o director de comunicação e imagem. Também o facto de a grande maioria dos alunos universitários terem acesso ao automóvel foi um factor a ter em conta, uma vez que, deste modo, podem ser sensíveis a uma nova proposta e uma nova abordagem da mobilidade.

Deste modo, a Renault decidiu não restringir o âmbito do concurso a nenhuma temática em particular, podendo participar quem fosse de gestão, marketing, engenharia ou até mesmo belas-artes.

94 grupos, apenas um vencedor

Nos últimos três anos a Renault foi abordada, por diversas universidades do país, para participar em colóquios e conferências sobre o tema da mobilidade sustentável, onde o veículo eléctrico encaixava perfeitamente. Por isso, a marca sabia, à partida, que a temática do concurso teria adesão por parte dos universitários. Ainda assim, ficou surpreendida com o número de inscrições – 94 grupos de 48 universidades diferentes.

Para a Renault, este tipo de iniciativas é essencial para os jovens portugueses, até porque, como adiantou Ricardo Oliveira, “ainda existe algum distanciamento entre o mundo académico e a realidade empresarial”.

O grupo vencedor do “Building the Wheels of the Future” recebeu um prémio pecuniário de seis mil euros e, de acordo com o director de comunicação imagem, terão ainda a possibilidade de realizar um estágio na Renault Portugal. David Sobrinho é um dos elementos do grupo vencedor composto por mais cinco pessoas – Bruno Martins, Vera Silva, Paulo Raimundo, Edgar Rodrigues e João Solano.

Aos alunos do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa foi proposto participar num concurso universitário, que viria a servir de projecto de final de curso. “Tendo em conta as características do grupo, pareceu-nos óbvio que o projecto de lançamento da gama Z.E da Renault seria o mais desafiante, pois o mercado não existe e a possibilidade de fazer algo criativo seria maior”, explicou, ao Briefing, David Sobrinho.

O trabalho do grupo tratava o plano de comunicação da gama Z.E da Renault, um dos temas sugeridos pela marca. Para os alunos, num novo mercado como o que estava em causa, a comunicação seria essencial, quer a nível da insígnia, quer do produto.

Vencer o concurso foi, para os participantes, “o reconhecimento de meses de trabalho de um grupo de amigos” e, de certa forma, foi igualmente o “acabar em grande da licenciatura em gestão de marketing”, referiu David Sobrinho. Para ele, mais importante do que receber o prémio monetário é o visionamento ou possíveis contactos por empresas que o galardão lhe pode trazer.

Por ser também o projecto final do curso, e “tendo em conta o grau de qualidade requerido pelo ISCTE e pelo professor Joaquim Vicente Rodrigues”, David Sobrinho confessou esperar que o grupo ganhasse o concurso. Desta forma, quem sabem não se lhe abram algumas portas para que possa “mostrar e pôr em prática os conhecimentos adquiridos ao longo destes três anos”, revelou ao Briefing.

Catarina Caldeira Baguinho
Fonte: Briefing

Segunda-feira, 28 Novembro 2011 01:50


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