A RTP N passará a estar sob a alçada directa da direcção de informação televisão da RTP, liderada por Nuno Santos, perdendo assim a sua direcção, que era constituída por José Alberto Lemos e os adjuntos Carlos Daniel e Dinis Sottomayor.
Segundo despacho interno hoje distribuído na RTP e a que a Agência Lusa teve acesso, “a RTP N será integrada, de forma autónoma, na direcção de informação televisão”.
Contactada pela Agência Lusa, a RTP recordou que o novo director de informação, Nuno Santos, só entrará em funções na sexta-feira, sendo todas estas questões esclarecidas a partir dessa altura.
Em Outubro de 2007, na inauguração das novas instalações da RDP no Monte da Virgem, em Vila Nova de Gaia, o então ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva – actualmente ministro da Defesa Nacional – disse que o novo contrato de concessão de serviço público de televisão, que iria ser colocado a discussão pública, “define com muita clareza” que a RTP N se destina à “prestação especializada de informação, com destaque para temas, ideias e protagonistas não habitualmente representados no panorama audiovisual”.
Augusto Santos Silva salientou então que o contrato, acordado entre o Governo e a administração da RTP, definia que a RTP N deveria transmitir produção “preferencialmente com origem nas suas delegações”, designadamente a do Porto.
O despacho interno nomeia ainda Nuno Santos director de informação televisão, José Fragoso director coordenador e director da RTP1, Jorge Wemans director da RTP2 e Hugo Andrade director canais temáticos/RTP Memória.
O Conselho de Administração deliberou ainda a extinção do centro de novos negócios e projectos, do gabinete de apoio às operações regionais, do gabinete de coordenação das operações internacionais, da direcção de conteúdos de ficção e entretenimento e da direcção de conteúdos educacionais e culturais, assim como a exoneração dos cargos dos respectivos responsáveis.
No organograma incluído no despacho estão ainda por nomear os responsáveis pelo centro de produção do Porto e pelos canais internacionais.
Conforme avançado na semana passada pelo presidente da RTP, Guilherme Costa, o novo organograma da administração confere a Luís Marinho o pelouro das rádios e a José Marquitos a pasta da televisão, um novo modelo que separa os administradores por rádio e televisão, e não por informação e programas, como sucedia até agora.
Fonte: Lusa