O festival decorreu na página de Facebook da produtora durante fevereiro e março, tendo sido apurados seis finalistas em duas eliminatórias. A tarefa de encontrar o guião mais criativo, mais original, mais pequeno (e mais estúpido) coube a Nuno Jerónimo (O Escritório), Fabio Seidl (VML), Ivo Purvis (Partners), Hugo van der Ding (autor de “A Criada Malcriada”), Marcelo Lourenço (Fuel Lisboa), Tiago Viegas (The Hotel) e Bruno Ferreira (Show Off Films).
Em maio, se ficará a saber como é que a produtora de Alexandre Montenegro converteu as palavras de Diogo e Filipe em imagens.
Aqui fica o guião vencedor:
Judiarias, por Diogo Stilwell e Filipe d’ Avillez
Um homem está feliz com vento no cabelo e o sol a bater na cara. Não se percebe se está a correr ou num descapotável. Só vemos a cara.
Imagem passa para dois velhotes sentados nas suas cadeiras de baloiço no alpendre de uma casa. Olham para a cena com ar reprovador.
Vamos variando entre a cara do outro feliz, e a dos dois tipos, reprovadores.
Quando passa por eles o plano abre. Vemos que o homem afinal está às cavalitas de outro homem.
O homem que o carrega usa kippah (o chapéuzinho judeu) e tem longos canudos nas patilhas. Corre desenfreado.
O primeiro velhote com ar reprovador cospe para o chão e repleto de reprovação comenta com o outro: “Lá vai ele com o rabino entre as pernas”.