Vontade de partir para voo maiores e passar dos guiões à ação. Quem nunca? Pois, foi o que aconteceu a Paula Moreira, depois de três anos numa empresa de vídeo marketing, onde adquiriu “muito know-how”. A paixão pelas histórias foi o combustível necessário para descolar e abrir o seu negócio. Acredita no potencial delas e no poder que exercem na vida das marcas e dos consumidores e, a juntar a isso, sentiu que iria responder a uma necessidade num mercado em crescimento ao criar a Livemotion, uma empresa totalmente dedicada a conteúdos multiplataforma. “No fundo, quis construir a minha própria história”, diz a CEO.
O storytelling é, para si, dos processos “mais poderosos” para criar ligação e envolvimento entre uma marca e a sua audiência. Paula defende que o vídeo é a melhor ferramenta para o fazer, uma vez que permite uma “articulação harmoniosa” entre imagens, sons, luzes e emoções. “A conjugação destes recursos permite-nos, assim, transportar para uma realidade próxima da nossa, com a qual facilmente nos identificamos”, afirma, justificando que “é impossível esquecer uma boa história”. Esta convicção resulta da sua experiência e é reforçada por vários estudos que revelam que o cérebro humano é capaz de assimilar e se identificar mais facilmente com uma narrativa do que com gráficos e corpos de texto infinitos. “No fundo, o storytelling é uma ferramenta comercial disfarçada”, que obtém maior resultado quando se conhece bem o público-alvo e aprende a comunicar com ele, através de sentimentos e emoções.
A Livemotion desenvolve todo esse processo internamente, desde a definição da estratégia de vídeo marketing, passando pela produção do conceito criativo e respetivo guião, e culminando na produção e pós-produção do vídeo. Durante todas as fases do processo criativo, a equipa tem em consideração o target e a plataforma para quem e onde vai comunicar, no pressuposto de que “urge a necessidade de estimular através de conteúdo relevante”, que não só impacte e emocione o consumidor mais distraído, mas, também, se materialize em resultados: aumente as visualizações e as reações; e estimule o engagement, melhorando, assim, a comunicação entre as empresas e o seu público, bem como a sua própria imagem e reputação.
Abriu portas a 29 de fevereiro de 2020. Não as da pandemia – embora pareça, uma vez que dois dias depois ela apareceu –, mas, sim, da sua casa, em Vila Nova de Gaia. A Covid-19 foi encarada com “positividade”, no que respeita ao negócio, até porque Paula sempre ouviu dizer que “grandes negócios surgem em épocas de crise”. Não considerou um mau presságio e viu-a como uma oportunidade de vingarem no mercado, estimulando as marcas a não pararem de comunicar. Nesse sentido, adotaram um lema que traduz a posição da agência perante o contexto de crise social e económica, e que é transmitido aos clientes: “Mudam-se os tempos. Mudam-se as necessidades. O que nunca poderá faltar é a capacidade de nos reinventarmos e encontramos novas formas de sermos criativos juntos”. A estratégia delineada, essa, não foi “drasticamente” alterada, uma vez que, desde o início, pretendiam centrar-se no meio digital – aquele que viria a ser o mais viável durante o confinamento.
Já o investimento inicial repartiu-se pela criação de instalações novas, com um “ambiente descontraído” e onde as redes sociais fazem parte da decoração, espelhando a cultura organizacional da empresa. Também houve um “forte investimento” em equipamentos informáticos, material de vídeo e fotografia. E, por último, em recursos humanos.
“Boas histórias nunca ficam por aqui” é o posicionamento. E é, simultaneamente, um ponto de partida e uma finalidade. Isto é, pretende mostrar que “a criação de boas histórias constitui uma ponte para alcançar um objetivo superior e estratégico, definido previamente pelo cliente”. Além disso, assume que “existe sempre um impacto positivo” quando contam uma boa história, seja: pelo aumento das visualizações da sua página ou rede social, o reforço do elo entre a marca e o consumidor do vídeo, o tráfego para o site, ou pela melhor comunicação com o público-alvo. É por estes motivos – diz – que as histórias nunca ficam por ali, pela agência. “Existe sempre um final feliz para as marcas quando contamos uma boa história”.
A fundadora acredita que os objetivos previstos para o primeiro ano – que está aí à porta – vão ser alcançados. Quanto ao futuro próximo, a missão passa por continuar a voar, estimulando e apoiando o digital, e consciencializando os clientes para: a importância da presença das marcas em multiplataformas; a criação de conteúdos relevantes, personalizados e criativos; e a frequência da realização de conteúdos. “Na verdade, todos sabemos que as marcas não têm como fugir à presença digital”. Nem às boas histórias.