“Uma das coisas que foi dita pela tutela é que a informação é um activo importante da marca da RTP e, portanto, a informação não está em causa. Não quer dizer que não tenha de fazer ajustes e que não tenha que fazer algumas transformações”, comenta Nuno Santos ao Briefing referindo que o reforço do canal de notícias da estação é um dos objectivos para o próximo ano.
Indagado sobre como vai ser a informação de serviço público no próximo ano, o responsável menciona que 2012 vai ser um ano em que a RTP vai “continuar a querer manter uma informação próxima dos cidadãos, que seja reconhecida por eles, que seja de confiança”.
Referindo que 2012 vai ser um ano cheio de incertezas, “não para a RTP, mas para o mundo em geral”, o director garante que no próximo ano “é inevitável” gastar menos dinheiro com a informação da estação.
Recorde-se que uma das medidas defendidas no relatório para a definição de serviço público de comunicação social é a extinção do canal de informação da RTP, cuja missão é garantida pelos canais privados existentes, defende o economista João Duque que liderou o grupo de trabalho que produziu o relatório.
Relativamente aos planos para esta quadra, a RTP pretende proporcionar “um Natal tranquilo, em família e com boa disposição.” Para isso, Hugo Andrade, director de programas da estação, refere que o cinema será das grandes apostas desta quadra, estando inclusive programada a estreia de uma produção nacional da responsabilidade da RTP e da Plural, chamada Noite de Paz.
Ainda no que concerne à informação, estão programadas duas operações especiais para fechar 2011: um olhar dos jornalistas e enviados especiais sobre os acontecimentos deste ano e uma antecipação daquilo que poderá ser 2012, “um ano que ninguém quer”, conclui Nuno Santos.
Filipe Santa-Bárbara
Fonte: Briefing