“Hoje, encontramos mais restrição nos orçamentos, pelo que precisamos de mostrar que estamos a enriquecer os resultados em tudo o que fazemos”, começa por afirmar a CEO da FCB London, Katy Wright, na sessão “From ideas to impact: Creativity as a brand multiplier”.

Quanto a conseguir a combinação criatividade-budget, tudo começa com a compreensão real dos desafios, a definição da estratégia para chegar à solução e, em seguida, a procura pela solução certa. “Penso que já não estamos no tempo em que qualquer cliente se dirigia a uma agência e dizia: ‘Queremos um anúncio na televisão’”, defende, acrescentando que agora é mais: “‘Temos este problema, qual é a melhor forma de o resolver e como vamos medi-lo!?’. Tudo começa com excelentes dados, mas é preciso compreender verdadeiramente esse público específico para podermos ser inteligentes na forma como nos dirigimos a ele”.

A Head of Global Marketing da Škoda AUTO, Meredith Kelly, adiciona que, no caso do setor automóvel, que está em constante mudança no que respeita às políticas e à tecnologia, e que se encontra agora na era híbrida/elétrica, é preciso, antes mesmo de se chegar ao cliente, compreender o nível de transformação que a empresa está a tentar atravessar.

Na opinião de Meredith Kelly, quanto mais a tecnologia muda, mais as pessoas continuam a ser as mesmas e o Marketing continua a ser o mesmo; e as pessoas reagem da mesma forma à mensagem, mas é preciso transmiti-la da forma correta.

A CEO da FCB London acrescenta à ideia: “Há muitos canais. Eu primeiro quero saber quais são os desafios do negócio e, com a agência de meios, podemos encontrar a solução certa e ir ao encontro do público”.

Para que a comunicação seja mais diruptiva e se destaque, a CEO da FCB London, dá o conselho: “Primeiro saiba quem é e depois seja como no inferno”. A seu ver, a maioria dos marketeers preocupa-se agora com o ser, mas anda a correr como “galinhas sem cabeça”, e não tira prazer do seu trabalho.

Carolina Neves