Será oficialmente apresentado no próximo dia 21 de Setembro o mais
recente relatório da Interbrand, Best Global Brands, mas o briefing
antecipa alguma conclusões deste que é encarado como um dos três mais
importantes relatórios do sector. Reinventar, investir, internet,
mercados emergentes. São, neste relatório, apontados como motores de
retoma.
O ano de 2008 foi um ano negativo para o mercado mas com oportunidades
para melhorar, refere-se nas conclusões. Assim, as grandes medidas a
tomar para a recuperação das marcas passam pela renovação constante.
Disto é exemplo a GM que conseguiu sair da bancarrota com uma nova
abordagem, através de um compromisso com a mudança e a reinvenção,
reduzindo as suas marcas e apostando fortemente nas que permaneceram na
empresa. Recorde-se, neste ponto, o último anúncio da marca, em que a
GM assume as dificuldades, mas aponta os olhos para o futuro. Uma
campanha em que os detalhes sobre automóveis são substituídos pelos
valores emocionais da empresa.
Outra questão premente para a retoma  será uma  a aposta no
investimento em vez da sua redução.  Neste ponto, é tratado o caso da
Kleenex, que com o investimento na sua campanha “feel the difference”,
conseguiu que as suas vendas disparassem em 30%.
Outra das grandes questões abordadas pelo relatório foi sem dúvida o
papel que a internet tem na construção das marcas, permitindo uma
constante ligação entre tudo e todos, conduzindo a um sentimento de
pertença e intimidade entre o consumidor e a marca. De resto, a
importância da internet fica bem demonstrada através de casos como o
Google,a Microsoft, o Facebook ou o Twitter, que crescem em notoriedade
e ganhos económicos mesmo em conjunturas desfavoráveis.

O relatório aconselha ainda que seja dada mais atenção às marcas
criadas no seio de mercados emergentes como a China, Índia, Rússia ou
Brasil, que representam uma forte concorrência às marcas instaladas no
mercado ocidental. Apoiadas numa população com poder de compra cada vez
maior, marcas como Lenovo, Tata, Aeroflot ou Banco Itaú começarão em
breve a fazer parte do léxico global.
Ao nível das marcas mais valiosas destacamos o Top 10. Em primeiro
lugar encontra-se a Coca-Cola com um crescimento de 3% face ao ano
anterior, seguida pela IBM com um crescimento de 2%, em terceiro lugar
surge a Microsoft a perder 4%, seguida da GE com um decréscimo de 10%,
o maior das marcas no Top 5. Em quinto lugar encontra-se a Nokia, a
perder 3% face ao último ano, contrariamente surge em 6º lugar a
McDonald’s a subir 4%, assim como a Google, com o maior crescimento do
Top 10, a valorizar 25%. Os últimos três lugares são ocupados pela
Toyota, a perder 8%, a Intel, que perde 2% e, por último, a Disney que
desvalorizou 3%. O relatório, encarado como um dos três mais
importantes do sector, segundo os profissionais do meio, resulta de uma
parceria entre a Interbrand e a Business Week. Estas e outras
conclusões estarão disponíveis a partir do dia 21 de Setembro.

Fonte: Briefing