Espanhóis da Font Salem entregam proposta para compra da Drink In

 

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  A proposta é de 15,5 milhões de euros. “Apenas
deu entrada a proposta do Grupo Damm”, disse Jorge Calvete à Lusa,
adiantando que Sousa Cintra, que havia declarado interesse em reaver a
empresa, fez chegar uma justificação para a ausência.

 

Santarém, 09 Dez (Lusa) – Apenas os espanhóis da Font Salem, Grupo
Damm, entregaram uma proposta para aquisição da cervejeira Drink In, em
Santarém, pelo valor de 15,5 milhões de euros, disse à agência Lusa o
administrador da insolvência, Jorge Calvete.

De acordo com o
anúncio publicado em dois jornais diários a 19 de Novembro, o prazo para
entrega de propostas para aquisição da cervejeira construída em 2001
pelo empresário Sousa Cintra terminava às 12:00 de hoje.

“Apenas
deu entrada a proposta do Grupo Damm”, disse Jorge Calvete à Lusa,
adiantando que Sousa Cintra, que havia declarado interesse em reaver a
empresa, fez chegar uma justificação para a não apresentação de uma
proposta.

O empresário alegou a falta de interesse dos seus
parceiros, tendo em conta a não aceitação por parte dos credores da
proposta que havia feito chegar em Outubro ao administrador de
insolvência, na qual se propunha adquirir a empresa por 15 milhões de
euros.

Jorge Calvete adiantou que a proposta da Font Salem
respeita os requisitos do anúncio publicado a 19 de Novembro, pelo que
vai hoje mesmo solicitar à juiz do Tribunal de Santarém a marcação, “no
mais curto espaço de tempo”, de uma assembleia de credores para
formalizar a adjudicação, o que garante, disse, que a empresa “não vai
parar”.

O anúncio de venda da Drink In, Companhia de Indústria de
Bebidas e Alimentação S.A., mais conhecida pela designação de Fábrica
de Cervejas Cintra, em processo de insolvência, impunha um valor de
licitação mínimo de 12,5 milhões de euros.

Com um passivo a
rondar os 120 milhões de euros, a empresa é adquirida “livre do passivo,
ónus ou encargos existentes à data da transmissão, os quais serão
automaticamente levantados ou extintos na data da aquisição”, referia o
anúncio.

A venda inclui “todos os edifícios, áreas descobertas e
os furos de água localizados dentro do terreno” e implica a aceitação
dos trabalhadores “existentes à data da venda”, pertencendo os produtos
acabados à data da venda à Massa Insolvente.

Quando inaugurou a
fábrica de Santarém, no final de Maio de 2002, Sousa Cintra afirmou que
investiu 75 milhões de euros na unidade, acabando por vender a empresa
quatro anos depois, já em situação económica difícil, à Iberpartners, de
Jorge Armindo, por um valor não revelado.

Na reunião da Comissão
de Credores – que integra o BCP, a CGD e o IAPMEI – realizada a 17 de
Novembro foi decidida a liquidação da insolvente, por se entender que
esta seria a forma mais célere de resolver a situação da empresa, já que
não existem garantias do financiamento necessário à sua manutenção após
a data de 31 de Dezembro, o que implicaria o encerramento “com todas as
consequências económicas e sociais inerentes”.

Na reunião da
Comissão de Credores realizada a 30 de Outubro, na qual foi comunicada a
proposta de aquisição da Farol do Sul, de Sousa Cintra, foi ainda
decidido avançar para rescisões por mútuo acordo, de forma a que a
empresa fique com 66 trabalhadores no activo.

A Drink In chegou a
ter 190 trabalhadores, número que já havia baixado para 115 quando foi
pedida a insolvência, em Fevereiro último.

MLL.

Lusa/fim

Quarta-feira, 09 Dezembro 2009 18:04


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