David Buckingham, professor do Instituto da Educação da Universidade de Londres e especialista em educação para os media, alertou que, além de ser preciso perceber como é que a publicidade influencia as crianças, é necessário entender “como é que as forças comerciais o fazem”, designadamente através do email, redes sociais, telemóveis e jogos online, entre outras plataformas.
“É muito difícil perceber como é que estes meios podem ser regulados, mas os governos têm que definir linhas de orientação éticas”, disse.
Falando no âmbito do 6.º Seminário de Marketing Infantil, a decorrer na Casa da Música, o especialista afirmou que as leis existentes relacionadas com privacidade e ética “não são suficientes com os novos media”, porque nem todas as situações apresentadas ao utilizador são óbvias.
O especialista entende que o problema se coloca quando empresas se aproveitam de dados pessoais sem o utilizador se aperceber.
“Vamos ao Facebook e adicionamos um amigo mas, de certa maneira, as empresas estão a trabalhar nisso”, sustentou.
Para David Buckingham, torna-se necessário “educar e perceber o que se está a passar para fazer escolhas pessoais”.
Fonte: Lusa