Governos devem legislar para salvaguardar privacidade e ética na internet

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Os governos devem estar atentos às mudanças tecnológicas e legislar no sentido de salvaguardar a privacidade dos utilizadores online e monitorizar as questões éticas, defendeu hoje, um especialista britânico, no Porto, na sexta edição do Seminário de Marketing Infantil, que resulta de uma parceria entre a BrandKey e o IPAM do Porto.

David Buckingham, professor do Instituto da Educação da Universidade de Londres e especialista em educação para os media, alertou que, além de ser preciso perceber como é que a publicidade influencia as crianças, é necessário entender “como é que as forças comerciais o fazem”, designadamente através do email, redes sociais, telemóveis e jogos online, entre outras plataformas.

“É muito difícil perceber como é que estes meios podem ser regulados, mas os governos têm que definir linhas de orientação éticas”, disse.

Falando no âmbito do 6.º Seminário de Marketing Infantil, a decorrer na Casa da Música, o especialista afirmou que as leis existentes relacionadas com privacidade e ética “não são suficientes com os novos media”, porque nem todas as situações apresentadas ao utilizador são óbvias.

O especialista entende que o problema se coloca quando empresas se aproveitam de dados pessoais sem o utilizador se aperceber.

“Vamos ao Facebook e adicionamos um amigo mas, de certa maneira, as empresas estão a trabalhar nisso”, sustentou.

Para David Buckingham, torna-se necessário “educar e perceber o que se está a passar para fazer escolhas pessoais”.

Fonte: Lusa

Quinta-feira, 07 Abril 2011 13:40


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